AFONSO RODRIGUES

Polindo a política

“A arte da política, nas democracias, consiste em fazer crer ao povo que é ele quem governa”. (Louis Latzarus)

Até nas democracias o problema político continua sendo um problema sério. O que continuamos assistindo nos governos mundiais, na democracia, preocupa-nos. Mas vamos ver o problema pela visão democrática. O difícil mesmo é entender onde está a solução. Mas vamos cuidar de nós mesmos para podermos entender que a responsabilidade pelo aprimoramento, é nossa. Dos que ainda caminham em marcha lente para alcançar a cidadania. Ainda não acordamos para a realidade de que ainda não somos cidadãos de fato e de direito. E tudo se inicia na simplicidade que inda não entendemos, que é o fato de que numa democracia não há voto obrigatório. E que para merecermos o voto facultativo temos que melhorar e aprimorar nossa Educação que continua caindo pela ribanceira do descaso político. Vamos abrir os olhos para o cenário que estão tentando colorir para enfeitar nossa Educação.

Já falei pra você, aqui, do absurdo a que assisti pelo rádio, em São Paulo, no início da década dos anos sessentas. Um intelectual entrou, pelo rádio, com uma proposta para se mudar a letra do Hino Nacional Brasileiro. E o argumento do sabichão era que a Letra do Hino é muito clássica e os jovens não conseguiam entendê-la. Felizmente a estação de rádio não levou a barbárie à frente. Mas mesmo assim as coisas foram escorregando para o poço do descaso pela Educação. Poucos meses depois criaram-se os “Cursos Pré-vestibular”. O motivo da criação dos cursos foi que ainda não havia vestibular nas faculdades. O jovem podia, se passasse nos exames, fazer a faculdade, mesmo sem ter concluído e curso secundário. Desde que já na faculdade, ele continuasse fazendo o curso secundário. O problema era que o aluno não era seguido e quando terminava a faculdade não podia ser diplomado, por não ter o diploma secundário. E o número de faltosos era muito grande. E o prejuízo maior, tanto para o aluno quanto para a faculdade.

Vamos nos alertar, porque a coisa está ameaçando voltar ao passado. Há um ensaio perigoso para se repetir o mesmo erro, atualmente, permitindo que o jovem entre na faculdade sem o diploma do curso secundário. Se alguém se aventurar a relatar os desmandos que vivemos e continuamos vivendo, na nossa Educação desde os anos sessentas, vai ter muito que falar. Mas pelo que vemos, os políticos não estão nem aí para a gravidade da coisa. Afinal ninguém se toca, que nunca seremos cidadãos, se não formos educados. Nunca teremos o voto facultativo se não nos educarem para ele. Pense nisso.

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