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Bom dia,

Três leitores mandaram mensagens para a Parabólica indagando sobre o que pode acontecer a partir de agora na Venezuela, depois que o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, declarou-se empossado na Presidência da República daquele país, mesmo que Nicolás Maduro continue a despachar expedientes e mandar nas forças armadas desde o Palácio Miraflores, a sede do governo bolivariano. A situação interna de Guaidó ganhou um pouquinho de força política depois que uma guarnição da Guarda Nacional Bolivariana fez uma quartelada e pediu que a população fosse às ruas exigir a saída de Maduro. Ontem, milhares de pessoas atenderam à convocação e encheram ruas e avenidas das principais cidades venezuelanas.

No front externo, o autodeclarado novo presidente da Venezuela tem o reconhecimento diplomático e explícito do Grupo de Lima – grupo de 14 países do Continente Americano criado especificamente para buscar uma saída pacífica para a crise venezuelana-; do governo estadunidense e da Organização dos Estados Americanos (OEA). É um baita apoio que tende a se ampliar se vier também da União Europeia, quase sempre muita aliada ao governo norte-americano. É indiscutível que Nicolás Maduro e a base militar que ainda o sustenta no poder estão cada dia mais isolados do ponto de vista internacional.

Acontece que Nicolás Maduro ainda tem a reconhecê-lo como presidente da Venezuela duas grandes potências militares: a China – que tem bilhões de dólares investidos na Venezuela e a Rússia, interessada em receber a grana que lhe deve aquele país fruto da venda de enorme quantidade de armas e aviões. Além dos interesses econômicos, China e Rússia têm aliança estratégica com a Venezuela por mera questão de geopolítica em suas arengas internacionais com os Estados Unidos. Além desses dois países, Maduro é apoiado pelos governos esquerdistas da América Latina (Bolívia e Nicarágua) e do Irã, também como contraponto à posição do governo de Donald Trump.

Como neste momento não é possível saber a quantas anda o apoio a Maduro, partindo das forças armadas venezuelanas não é prudente que se faça qualquer previsão sobre o desenrolar dessa mais recente crise institucional venezuelana. O bom senso recomenda que se aguarde mais um pouco a adesão popular ao autodeclarado presidente Juan Guaidó, para ver se Maduro aceita uma transição pacífica, sem derramamento de sangue.

É claro, tudo que acontece no nosso vizinho vai afetar diretamente o nosso cotidiano aqui em Roraima, para o bem ou para o mal.

VEIO RÁPIDO

E não adiantou alertar os incautos sobre a possibilidade de mais um golpe eleitoreiro por conta das infindáveis promessas de aproveitamento nos quadros da União, de pessoas que de alguma forma prestaram serviços ao governo e prefeituras do Estado de Roraima até 1993. E assim foi feito nas últimas eleições, milhares de pessoas votaram em um candidato que prometia enquadrar como servidores da União mais de 10.000 pessoas. Ontem, o presidente do Tribunal de Contas da União, José Múcio Monteiro Filho, expediu notificação à Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital que se abstenha de promover a inclusão nos quadros em extinção da União quaisquer novos servidores que se enquadram nos critérios estabelecidos pela Emenda Constitucional (EC) 98/2017. A verdade veio, infelizmente para essa gente,  muito rápido.

REFORMA

Ainda sem apontar sua visão estratégica para desenvolver Roraima, o governo Antonio Denarium (PSL) já formou uma equipe para realizar uma ampla reforma administrativa. Do pouco que se sabe, tem vazado a informação de que foi estabelecida uma meta de reduzir para oito o total de secretarias, extinguindo algumas e fazendo a junção de outras. É pouco crível que esse voluntarismo e achismo levem a bom resultado. O governo e sua estrutura burocrática são apenas meios para realizar projetos e políticas públicas e, nesse sentido, não importa se realizada com 10, 12 ou 20 secretarias.

VISITA

A deputada estadual Ione Pedroso (SD) visitou ontem a Redação da Folha. Falou de sua infância na cidade de Alto Alegre – órfã de pai aos dois anos de idade foi criada pelos avós. A parlamentar também falou sobre sua disposição de ajudar, como deputada estadual, Roraima a sair da crise. Do ponto de vista político/partidário, demonstrou afinação com o presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), Jalser Renier (SD), que também preside seu partido.

NATURAL

Era natural que assim fosse. Ontem pela manhã, quarta-feira (23.01), um grupo de cerca de 300 venezuelanos reuniram-se nos arredores da Praça das Águas, no Complexo Ayrton Senna, para pedir que o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, permaneça como presidente da República Bolivariana. É claro, a maioria dos migrantes sonha em retornar para seu país, e isso pode acontecer depois da queda de Nicolás Maduro.

REATIVANDO

Depois de algum tempo suspenso em função do atraso no repasse das parcelas pelo governo do Estado, fontes da Parabólica garantem que o Banco do Brasil já reativou os empréstimos na modalidade de consignação (desconto na Folha de Pagamento) aos servidores públicos estaduais. O banco está utilizando aplicativos sociais para avisar aos interessados. Simulações podem ser feitas até mesmo por WhatsApp.

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Parabólica

As poderosas antenas da coluna, trazem para o site aquelas conversas que esquentam os bastidores da política local. Informação, Denúncia e as notinhas apimentadas que só a coluna publica de segunda a sábado.

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