Parabolica 05 09 2016 2934 Parabolica 05 09 2016 2934 Parabolica 05 09 2016 2934 Parabolica 05 09 2016 2934

Bom dia!Uma das expressões mais ouvidas nestes tempos de crise política, econômica, social e moral que se abateu sobre a pátria brasileira é a de que nossas instituições são fortes e suficientes para enfrentá-las, sem a quebra da normalidade institucional. Essa afirmação está ligada à tentativa de passar para o conjunto da população a ideia de que nossa normalidade democrática será mantida mesmo com a substituição de uma presidente eleita por um vice que não recebeu votos para tanto.

A um observador atento, porém, essa fortaleza de nossas instituições não parece estar acima de uma discussão mais acurada. É da natureza do regime republicano, como o brasileiro, a regra de que o Estado comporta três poderes distintos: Executivo, Judiciário e Legislativo. Diz a regra republicana que eles são independentes, mas harmônicos entre si, cabendo a cada um funções distintas.

Ao Executivo cabe prover a população de serviços e bens essenciais para manter o máximo bem-estar possível, dentro das condições orçamentárias existentes. O Legislativo tem a responsabilidade de fazer leis, inclusive a orçamentária, fiscalizar os demais poderes e de servir de caixa de ressonância para as discussões políticas que interessam à sociedade. Finalmente, ao Judiciário, destituído da vontade popular, cabe fazer aplicar as leis, exigindo que os agentes públicos e a população as cumpram.

Pois bem, o que se tem visto no Brasil nesses tempos de crise é uma supervalorização do papel do Judiciário, que invade constantemente as atribuições de um Legislativo, desmoralizado pelos seus principais líderes, e põe-se de encontro às cordas o Executivo, como numa imaginária luta de boxe. Essa invasão de competência está muito longe de representar um ambiente de normalidade democrática e institucional, mas aprece o desenho de um cenário, muito próximo a uma ditadura, que, ao contrário do que muitos pensam, não se impõe apenas sob o peso de baionetas.RETRATOSAs discussões no âmbito político local, inclusive neste cenário de eleições municipais, passam ao largo da verdadeira realidade de Roraima. Do que dizem e prometem os candidatos à prefeitura e à Câmara de Vereadores de Boa Vista, por exemplo, não passam de promessas de obras e serviços básicos que todos sabem ser necessários, por isso podem agradar aos ouvidos de eleitores, muitos dos quais sonham em saber de quanto será a “boca de urna”. Mas as notas a seguir servem de retratos que compõem o cenário que emoldura o verdadeiro estado da população roraimense. Todos foram produzidos pelo IBGE.ESTUPRORoraima é o estado brasileiro com maior percentual (7,3% dos entrevistados) de alunos escolares que dizem ter praticado relações sexuais forçadas. Os agressores são pai/mãe/padrasto/madrastas (9,9%), outros familiares (16,8%), amigo/amiga (16,8%), amigo/amiga (16,8%), namorados/namoradas (29,0%), desconhecidos (20,2%) e outros (12,8%). A maioria das vítimas deve ser de mulheres.CIGARROOs estudantes de Roraima ocupam o primeiro lugar no Brasil – 28,2%, contra uma média nacional de 18,4% – dentre aqueles que confessam ter experimentado fumar cigarro pelo menos uma vez. Os estudantes roraimenses dizem igualmente que 26,1% dos dirigentes das escolas públicas têm conhecimento do uso de cigarro nas dependências dos estabelecimentos de ensino.BEBIDASNossos estudantes experimentam bebidas alcoólicas muito cedo. Mais da metade dos nossos escolares (56,6%) confessam ter experimentado consumir bebida alcoólica pelo menos uma vez na vida. Este percentual é maior que a média nacional, que é de 55,5%. E não se conhece nenhuma política pública que reprima, de fato, essa tragédia. E já tivemos isso por aqui.DROGASNo que se refere ao consumo de drogas ilícitas, nossa posição também é dramática. 12% dos escolares roraimenses dizem já ter experimentado drogas ilícitas (a média nacional é de 9%). Dos que confessaram ter usado drogas ilícitas, 54% disseram ter usado maconha e 14,3% declararam ter utilizado crack, uma droga que produz efeitos colaterais irreversíveis.PAISEsse número é assustador: 73,1% dos pais dos escolares roraimenses não sabem e não se interessam em saber o que os filhos fazem no tempo livre dentro ou fora da escola. Por essas e outras coisas, 41,4% dos nossos escolares confessam já ter praticado relações sexuais. A média nacional é de apenas 27,5%. Quem duvidar desse número, basta dar uma olhada no expressivo número de adolescente que engravidam sem nenhuma condição econômica ou maturidade para serem mães.SEM LICITAÇÃOA Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (Sejuc) contratou, sem processo licitatório, uma empresa para o fornecimento emergencial de “refeições preparadas (desjejum, almoço, jantar e ceia) destinada aos reeducandos, servidores do setor administrativo em serviço, policiais militares e agentes plantonistas das unidades prisionais, por um período de 180 (cento e oitenta) dias, salvo finalização do processo convencional anterior a esse prazo”. O valor do contrato é de R$ 13.468.374,00 (treze milhões, quatrocentos e sessenta e oito mil, trezentos e setenta e quatro reais).

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Parabólica

As poderosas antenas da coluna, trazem para o site aquelas conversas que esquentam os bastidores da política local. Informação, Denúncia e as notinhas apimentadas que só a coluna publica de segunda a sábado.

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