A importância do planejamento de iluminação pública em todo o País
Rodrigo Travi*
Recentemente, a Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee) publicou um estudo que apontou que o Brasil possui a quarta maior carga tributária na conta de luz, ficando atrás apenas da Dinamarca, Alemanha e Portugal, em comparação com outros 30 países. Se nos questionarmos sobre o preço final da energia elétrica, estamos na 16ª posição.
De acordo com dados da Secretaria de Energia e Mineração do Governo do Estado de São Paulo, em São Paulo, por exemplo, o consumo anual de energia chega a aproximadamente 145 mil GWh, um consumo muito expressivo no País. Temos muitas formas de diminuir este consumo.
Uma iniciativa que traz uma redução significativa para os municípios é a atenção e dedicação aos projetos de iluminação para vias públicas. Trocar as lâmpadas convencionais por luminárias LED, que são mais eficientes e têm menor custo de manutenção, podem proporcionar um impacto significativo nas contas públicas.
Além de serem mais duradouras, as luminárias LED têm a eficiência luminosa maior do que as usadas nas vias públicas e rodovias atualmente. A redução dos custos com manutenção e o menor consumo energético passam a refletir também no bolso da população, podendo, com o tempo, diminuir o valor da Contribuição para o Sistema de Iluminação Pública (Cosip) que é passada para os consumidores. Além disto, ainda é possível oferecer uma maior segurança pública em locais com pouca iluminação ou iluminação de baixa qualidade, com baixo índice de reprodução de cor (IRC).
Outra alternativa que precisa ser estudada é a implementação de novas tecnologias que podem ser agregadas às luminárias de LED. As luminárias são um grande facilitador da implementação do conceito de Smart Cities, cidades inteligentes, pois podem ser integradas a sistemas que contribuem com a melhoria da qualidade de vida das pessoas em grandes centros urbanos.
Com o avanço do conceito de Smart Cities, os serviços tecnológicos poderão ser facilmente implementados ao de iluminação e gerenciados remotamente por meio de telegestão. Outros ofícios como vigilâncias, câmeras de segurança, monitoramento de pessoas e veículos, também podem ser adaptados às luminárias. Além disso, é possível incluir conexão Wi-Fi nas luminárias e tornar o acesso à Internet maior para todos os moradores.
Por fim, acredito que essa questão deve ser prioridade para os investimentos das prefeituras, pois além de trazer grandes economias para os cofres públicos e melhorar a gestão municipal, consegue gerar muitos benefícios para a população.
*CEO da Ledax e empreendedor serial formado em Engenharia Elétrica e Eletrônica pela Universidade Federal da Bahia
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Preciso Ir
Brasilmar do Nascimento Araújo*
Andar. Correr. Navegar. Voar. Conquistar. Transpor obstáculos inimagináveis em caminhadas pelo mundo numa grande travessia. O espetáculo da Terra está aí em atos continuados, para todos, todos os dias. Preciso ir ao encontro de gente. Amando e sendo amado. Respeitando e sendo respeitado. Ciente de que os meus valores são o meu maior patrimônio e, respaldado nisso, a minha arma é a minha conduta. Preciso ir celebrando cada dia jubiloso de fazer parte da humanidade que tanto amo, como cada um é na sua essência. A diversidade de credo, gênero e raça é o diferencial de todos os povos. Somos assim. E assim precisamos continuar. Movidos pela liberdade, paz, solidariedade e fraternidade.
Preciso ir e aproveitar de todas as possibilidades do vasto campo do conhecimento. Sou uma obra irretocável da natureza como todos os outros seres. Nascemos com a extraordinária capacidade de amar, de prosperar e construir bases sólidas tendo a família como o principal fundamento de todos os nossos grandes feitos. Posso erguer pilares de concreto. Posso ser um carpinteiro das florestas, mas olhando para gerações futuras. Posso ser o timoneiro de todos os mares em viagens inesquecíveis ao redor da Terra. Posso salvaguardar os indefesos como fez Madre Teresa de Calcutá (1910-1997). Posso olhar para o Cosmo e me projetar naquele universo tão belo e complexo, como conheceram profundamente os cosmólogos Carl Sagan (1934-1996) e Stephen Hawking (1942-2018). Posso conhecer todos os ecossistemas como conheceu o botânico inglês Arthur Transley (1871-1955), pioneiro da ecologia das plantas. Mas não posso jamais ter qualquer tendência de ordem preconceituosa e de discriminação, por exemplo. As pessoas são como elas são. E nada mais. Tudo tem que ser baseado no respeito mútuo.
Sim, preciso ir e escalar todas as grandes cordilheiras e abraçar os povos que vivem no alto de suas encostas há remotos tempos. Quero do topo dessas montanhas andar em terrenos com uma conexão mais estreita com a natureza e vislumbrar horizontes de reflexão e êxtase. Preciso descer das montanhas e percorrer as savanas repletas de pássaros, animais e pisar na relva, ainda, úmida da geada da madrugada anunciando o deslumbre do alvorecer. Preciso embrenhar-me nas florestas e contemplá-las sem precisar dizer absolutamente nada; basta ouvir os ruídos que sopram e tentar ler as reentrâncias das folhas. E orar celebrando a vida. A natureza é surpreendente em todas as perspectivas: as maravilhosas bacias hidrográficas; os imponentes oceanos; as densas florestas; os incríveis afluentes que formam os grandes rios e, consequentemente, deságuam nos oceanos; os arrebatadores desertos, onde incrivelmente a vida surge do improvável em suas imensidões de areias abrasadoras; as fantásticas calotas polares que, além de beleza, são cruciais no equilíbrio da temperatura em todo o mundo. Ou seja, na natureza tudo está interligado. Tudo é perfeito. Tudo é vida!
Preciso ir e abrir as portas da minha casa para receber a minha família e os amigos. A família é o grande pilar da sociedade, onde nascemos, crescemos e nos preparamos para encarar o mundo. Rigorosamente não há nada mais importante do que os nossos entes queridos. E os amigos, esses certamente, são partes inseparáveis no nosso cotidiano. A amizade propicia bem-estar, alegria e gera a paz. A amizade é construída na empatia, na confiança e na honestidade. Preciso ir e dizer que ter amigos para celebrarmos a vida em cada novo encontro e conquistas. É dizer que viver é o grande espetáculo, onde a música é contínua para todos da grande plateia de centenas de milhões de distintos personagens, independentemente de onde esteja localizada a poltrona de cada um. O espetáculo é uma obra-prima. Viver!
*Articulista e Poeta.
E-mail: [email protected]
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Contas do mesmo colar
Vera Sábio*
Temos uma visão muito superficial em relação ao outro; mas, com certeza, temos uma visão ainda bem superficial em relação a nós mesmos.
Não nos reconhecemos sendo as contas do mesmo colar.
Por vezes, as reclamações alheias no
s perturbam. Não entendemos porque fulano, que tem tudo o que achamos necessário para viver feliz e sem reclamar, às vezes sofre, fica angustiado, tem depressão, fica doente e morre como todos nós.
No entanto, não compreendemos nem sequer o porquê de nossos passos não conseguirem ser tão rápidos como aqueles que pensamos ser piores do que nós, mas vemos sempre em nossa frente.
Não aceitamos que dores que consideramos inferiores às nossas produzam choros altos que nos incomodam tanto.
Todavia, somos contas do mesmo colar, este colar que para se tornar além de um monte de contas, precisa ter um fio que o penetre, que passe por dentro dele e que assim nos ligue uma com outra e mais outras contas.
Muitas vezes, o fio é imperceptível e o que enxergamos são contas coloridas, contas ofuscantes, contas opacas, contas sem cor, contas desbotadas, contas amassadas etc. sem notar que o fio que as ligam é sempre o mesmo.
Interessante percebermos esta junção; afinal, ou nos deixamos ser penetrados pelo fio e unidos pelas outras contas, ou nunca seremos um colar e nos perderemos como uma conta sozinha que não serve para quase nada.
Deus é este fio, é o que faz esta junção sem deixar nem sequer uma conta para trás. Sem este fio caímos, não existimos e não temos vida ou não somos nada.
Este fio maravilhoso, esta força superior e altamente suficiente, continua uma só sem nós; porém, não seremos nada sem ele.
Pense nisto antes de criticar aquele que, distante ou invisível, faz parte do mesmo colar que você.
*Escritora, palestrante, psicóloga, servidora pública, esposa, mãe e cega com grande visão interna.
Adquira meu livro “Enxergando o Sucesso com as Mãos” Cel: (95) 991687731
Blog: enxergandocomosdedos.blogspot.com.br
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É na força que vencemos
Afonso Rodrigues de Oliveira*
“É preciso ter força para aceitar perder quando não temos alternativas. Usar a perda como um aprendizado é sabedoria, na verdade é o ganho do amanhã.” (Luciano Bivar)
Na verdade, quando não nos preocupamos com a perda já ganhamos. Já conhecemos a sabedoria do Thomas Edson: “Eu não estou errando, estou aprendendo a como não fazer.” Não importa quantas vezes você errou, o que importa é quantas vezes você acertou. Nunca desista dos seus sonhos; quando sonhamos é porque estamos no rumo do que queremos. Nem sempre conhecemos ou acertamos o caminho. Mas isso não deve ser considerado como um erro. Quando você está encontrando dificuldade em encontrar o caminho certo, é porque você está numa encruzilhada. O sapo da Alice pode muito bem estar sentado no seu ombro esquerdo. Então, pergunte pra ele que caminho você deve tomar. E a resposta está na sua mente. E o importante é que você não cometa o erro de embaralhá-la.
Nossas vidas estão, permanentemente, no palco da vida. O importante é que saibamos executar nosso papel no palco. Você pode ser um bom ator, ou atriz, ou canastrão. Mas você tem o poder de escolher em que posição você deve estar. Comece com o exercício da sua mente, com seus pensamentos dirigidos apenas para o positivo. Porque é no positivo que você encontra o acerto. Há um zilhão de comportamentos emocionais que indicam quem você realmente é. Um dos mais simples e aparentemente vulgares é o aborrecimento. Por que você vai se aborrecer com uma pessoa mal-educada que foi grosseira com você? Porque se você se aborrecer vai se igualar ao grosseiro. E sem saber, você está caindo naquela de “dize-me com quem andas e te direi quem és.” Simples pra dedéu.
Exercite sempre sua mente. Não perca seu tempo pensando nem se aborrecendo com o negativo. Lembre-se de que o Reino de Deus está dentro de você. E seu maior poder está dentro de você, no seu subconsciente. Nele está toda a força de que você necessita para ser um vencedor. E só os vencedores são felizes. E sua felicidade não está no que você possui, mas no que você é. E o Victor Hugo já nos disse que “devemos ser o que não somos, mas sem deixar de ser o que somos.” E você não é inferior a ninguém. Somos todos iguais nas diferenças. Exercite seu cérebro. Valorize o poder do seu subconsciente. É nele e com ele que você vai realizar seus sonhos. Nunca perca seu tempo com aborrecimentos. Eles destroem seus pensamentos. O negativismo é a marca da derrota. Construa sua vida no positivismo. A racionalidade constrói. E somos todos de um mundo racional, de onde viemos e para onde voltaremos. Pense nisso.
*Articulista
99121-1460