AFONSO RODRIGUES

O poder intoxicante

“O poder é a coisa mais intoxicante do mundo; e de todas as formas de poder, a mais intoxicante é a fama”. (Danuza Leão)

Pouquíssimas pessoas têm o poder de encarar o poder da fama. A comunicação geral e mundial, por décadas e décadas, vem nos ensinando como dominar o mundo, com o poder da destruição. Quando ligamos o televisor, por exemplo, assistimos a filmes e novelas sobre o domínio dos poderosos nas épocas das espadas. E não é à toa que estamos assistindo às barbaridades nauseantes nas guerras atuais. Figuras que nos mostram, de seres humanos morrendo de fome por conta dos poderosos que destroem a humanidade. E nós, seres humanos, nem sempre fazemos alguma coisa que possa minimizar a barbárie. E o pior é que não nos mexemos para fazer, porque não nos consideramos capazes. Quando na verdade, somos todos capazes de mudar o rumo da história. É só não se deixar iludir pelo poder do poder irracional. Quantos seres humanos inocentes já foram destruídos pelas guerras, tanto as guerreiras quanto as sociais. Vamos procurar descobrir o problema, cuidando da educação universal.

Já falamos inúmeras vezes do pensamento simples do Bob Marley: “Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra”. E não levamos o Marley em consideração porque a ideia nos parece simples de mais, para ser verdadeira. E é aí que caímos no engodo da ilusão. Os séculos vão passando e nós caminhando pelas veredas da ignorância. Continuamos brigando em defesa da cor da nossa pele. É como se nosso valor estivesse na cor da nossa pele, do nosso cabelo, ou no poder que temos como membros considerados superiores nos cargos que ocupamos. Vamos procurar o caminho que nos leve à racionalidade. E o caminho está sempre aberto, nas veredas que nos levam ao que realmente somos e não sabemos ser.

Somos um País com tudo para nos tornar um povo realmente respeitado e digno do País que temos. Mas não estamos fazendo nossa tarefa como ela deve ser feita. No início do século passado, o Médico Carioca, Miguel Couto, disse: “No Brasil só há um problema nacional: é a educação do povo”. Um problema que, na verdade, não é só do Brasil. O mundo todo nos mostra, abertamente, que a educação é o poder mais ignorado pelo ser humano que ainda não sabe que é de origem racional. E que por sua origem, tem todo o poder de que necessita para ser racional. E em um mundo racional não há guerra. Nem nas batalhas nem nos lares. Vamos ser mais o que somos, e construirmos um mundo digno de ser vivido. Mas só será, quando formos dignos de vivê-lo. E o poder está conosco, e em nós. Pense nisso.

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