MP investiga contrato milionário para cestas básicas em Bonfim

Bom dia.

Revisão 1

Na noite da segunda-feira (18), no Palácio Senador Hélio Campos, o governador Antonio Denarium (Progressistas) finalmente riscou da lista de pendências a revisão geral anual dos servidores públicos estaduais. O índice seguiu os 5% concedidos aos demais Poderes, mas parcelado em quatro vezes até dezembro.

Revisão 2

Para os sindicatos e, por conseguinte, para os próprios servidores, a medida ficou longe do esperado. Alguns dirigentes até admitiram que foi melhor do que nada, mas a avaliação geral é de frustração. Outro detalhe não passou despercebido: a mobilização idealizada, de reunir cinco mil servidores, ficou bem aquém, e acabou esvaziada. Talvez até por isso não ganhou força na mesa de negociações.

Barrado

Época de pré-eleição tem dessas coisas. De repente, rostos que andavam sumidos começam a aparecer nas redes sociais, ocasionalmente proferindo alguma declaração polêmica. O ex-vice-governador Frutuoso Lins, por exemplo, reapareceu recentemente em entrevista postada nas redes sociais e resolveu mirar no ponto mais sensível da atual gestão em Roraima: a saúde. Ele afirma que chegou a ser convidado para resolver o problema, mas diz que foi barrado por gente próxima ao governador, preocupada com a possibilidade de ganhar destaque.

Plantões

O Tribunal de Contas de Roraima (TCE-RR) condenou dirigentes da Coopebras a devolverem mais de R$ 2 milhões por fraudes em plantões médicos em Rorainópolis. Ex-diretores e fiscais de contratos também foram multados. Já os ex-secretários estaduais de Saúde saíram ilesos, pois, para a Corte, não ficou comprovado erro deles na liberação das despesas.

Cestas

Um contrato de R$ 4 milhões para a compra de cestas básicas em Bonfim está sob investigação do Ministério Público de Roraima (MPRR), que apura possíveis irregularidades no pregão presencial que levou à contratação da empresa responsável. Segundo a Prefeitura, os alimentos foram destinados a famílias em situação de vulnerabilidade social.

Alternativas 1

Em Roraima, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) tem testado o café e o trigo como alternativas à soja, buscando culturas mais adaptadas à vegetação local. Durante um evento recente na região do Água Boa, pesquisadores apresentaram experiências com 51 clones de café e trigo, com foco em melhoramento genético, manejo do solo e irrigação, voltadas para garantir produtividade mesmo diante de altas temperaturas, chuvas intensas e solos pobres.

Alternativas 2

O trigo surge como alternativa durante o vazio sanitário da soja, e a expectativa é que em até cinco anos seja possível produzir grão totalmente adaptado à região. Já o café tem despertado interesse de empresas da região Norte, com potencial de mercado promissor para os produtores locais.

Cerco 1

A Venezuela está cercada. Nesta semana, os Estados Unidos deslocaram três destroieres – um tipo de navio de guerra – para o Sul do Caribe, próximos à Costa do País vizinho, sob a justificativa de combater cartéis de drogas. A movimentação, que envolve mais de quatro mil militares, aumenta a pressão sobre o ditador Nicolás Maduro. No Brasil, os reflexos são inevitáveis. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que mantém uma relação de simpatia com Maduro, será pressionado a se posicionar.

Cerco 2

De redes sociais a filas de supermercado, já há quem se questione se o governo brasileiro estaria disposto a oferecer algum tipo de proteção ou até mesmo exílio ao líder venezuelano em caso de agravamento da crise. Para Roraima, a situação é ainda mais delicada. O Estado já vive de perto os efeitos da crise econômica e humanitária na Venezuela, e qualquer nova instabilidade no País vizinho já deixa todos em alerta.

Federação

O Progressistas realizou sua convenção ontem, em Brasília e, nela, foi aprovada a Federação com o União Brasil. Com a formação dessa Federação, o bloco se torna o maior na Câmara dos Deputados, com uma bancada de 109 parlamentares e no Senado Federal com 17 senadores. Embora os números sejam expressivos, muitos duvidam a força política concreta da Federação, chamada de União Progressista, pela reunião de gente de todas as tendências, desde governistas (lulistas) até políticos com muita proximidade com Jair Bolsonaro (PL), como o próprio presidente nacional do bloco, o senador piauiense Ciro Nogueira (Progressistas).

Em Roraima

Em Roraima, a presidência da Federação União Progressista vai ficar com o senador Hiran Gonçalves (Progressistas) e vai abrigar adversários como o governador Antonio Denarium e os deputados federais Antonio Carlos Nicoletti (União Brasil) e Pastor Diniz (União Brasil), pelo menos por enquanto. Quando abrir a janela partidária – período em que parlamentares podem mudar de partido sem perder o mandato -, será possível ter uma ideia da real força dos partidos e das federações. Apesar dessas atuais divergências internas, o senador Hiran Gonçalves disse à Parabólica estar confiante do desempenho eleitoral em 2026 do bloco.

Ciro

A maior surpresa na convenção do Progressistas foi a presença do ex-ministro e candidato à Presidência da República nas três últimas eleições pelo PDT, Ciro Gomes. Considerado por muitos como de centro-esquerda, Ciro pode ser candidato em 2026 ao Governo do Ceará, numa aliança ampla envolvendo políticos de centro-direita, direita e outras vertentes ideológicas. O objetivo dessa candidatura é desbancar o PT do atual ministro da Educação, Camilo Santana, que domina o governo cearense há três gestões seguidas.