“Boa memória tem quem se lembra do que tem que lembrar e esquece do que tem que esquecer. Má memória tem quem esquece do que tem que lembrar e lembra do que tem que esquecer”. (Canuto Mendes de Almeida)

Veja que tipo de memória é a sua e tome cuidado com você. Mas, nada de preocupação. Todos nós temos as duas. O certo é ver qual delas deve permanecer como lembrança. Lembrei-me de um acontecimento que me faz bem sempre que me lembro dele. É coisa bem simples, mas que deve ser levada em consideração. E o que me levou a tais lembranças, ontem pela manhã, foi a Salete vasculhando tudo, para encontrar seu cartão do SUS. Aí lembrei-me daquele dia em que pegamos um taxi, na Ilha Comprida, para irmos à Iguape. Atravessamos a ponte “João Carvalho”, e chegamos a Iguape. O dia estava meio frio e a Salete levava um casaco como proteção. Chegamos, descemos e entramos na rua onde ficava o consultório médico. Só quando entramos no consultório foi que ela quase gritou:

– Sinho… esqueci meu casaco dentro do taxi, e agora? 

– Agora, filha… é só comprar outro.

Não tínhamos como localizar o taxista. O médico nos assistiu e voltamos para a Ilha, mas sem o casaco. E o mais inteligente fizemos, que foi esquecer o casaco e comprar outro. Não sei quantos meses se passaram até que um dia entramos, a Salete e eu, numa loja, na Avenida Copacabana, na Ilha. De repente percebi que um cara que conversava com companheiros, na calçada, olhava muito para mim e para a Salete, como se estivesse querendo nos reconhecer. Quando saíamos da loja e já na calçada, o cidadão nos abordou e perguntou:

– Não foram vocês que um dia foram comigo, no meu taxi, para Iguape? 

Confirmamos e ele disse para esperarmos um pouco. Ele saiu quase correndo para dentro da loja, voltou com uma sacolinha e a entregou para Salete, falando:

– Esse foi o casaco que a senhora deixou dentro do taxi lá em Iguape.

Sorrimos e agradecemos o gesto nobre do cidadão. Ele era, além do taxista, o dono da loja. Um gesto que nunca deve, nem vai sair de nossas memórias. Logo, não devemos confundir as memórias, considerando-as negativas ou positivas. Tudo depende do que lembramos. Então vamos viver e estar sempre preparados para entender os acontecimentos, colocando-os no seu devido lugar. O bem que aprendemos com o comportamento daquele cidadão nunca sairá de nossas memórias como um aprendizado. Mesmo porque há algo que deve ser levado em consideração: o motorista de taxi era dono de uma loja de qualidade, na Avenida Copacabana, o centro comercial mais ativo da Ilha Comprida. Estejamos atentos aos acontecimentos. Pense nisso. 

[email protected]

99121-1460      

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.