Jessé Souza

Largados nas maos da bandidagem 6099

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Largados nas mãos da bandidagem

Não é apenas vergonhoso o que está ocorrendo nas cidades localizadas no Sul de Roraima. Trata-se, isso sim, de uma irresponsabilidade o que o Governo do Estado faz com a população e os policiais civis e militares daquela região diante da escalada da violência que produz mortes por execução rotineiramente, enquanto os moradores ficam reféns do medo.

O que podem fazer dois policiais militares em cada uma das cidades daquela região em dias normais de expediente e um apenas no plantão? Como os policiais civis vão investigar crimes havendo apenas uma delegacia para três cidades e que fecha as portas logo depois do almoço? São perguntas diárias que os próprios policiais fazem e uma realidade a que está submetida a população nos municípios de Caroebe, São João da Baliza e São Luiz do Anauá.

Esse descaso com a segurança pública não foi denunciado por nenhum político de oposição ou por algum adversário tresloucado de internet. Esse relato de policiais e população largados à própria sorte nas mãos do crime está na ação movida pelo Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) para que a Justiça obrigue o Estado a garantir estrutura mínima para as polícias e a segurança pública do Sul de Roraima.

É desesperadora aquela realidade. A falta de efetivo é apenas um dos problemas. Faltam viaturas, telefone e internet. A ação não diz, mas deve faltar até armamento adequado para enfrentar a nova realidade a partir da ação do crime organizado que está agindo em todo o Estado, com execuções semanais naquela região. Ontem mesmo mais um crime ocorreu por lá, mais precisamente em Baliza.

Se o Estado não consegue enfrentar a criminalidade na Capital, onde estão concentrados os poderes que tomam as decisões e onde as forças policiais estão sediadas, imagine nas regiões onde as autoridades só aparecem a cada quatro anos para pedir voto ou eventualmente para inaugurar alguma obra por interesse mais deles do que do povo. É ultrajante a questão da segurança numa região importante para a economia de Roraima.

Por incompetência e falta de vontade política, a insegurança passou a ser um tormento para o cidadão na Capital e no interior. No Sul, os policiais estão completamente vulneráveis a ponto de o fato de a delegacia fechar mais cedo se tornar uma forma de se proteger, pois a bandidagem está audaciosa e, se duvidar, com armamento mais pesado do que a polícia. Tornou-se uma calamidade diante de tamanha insegurança. E cada morador fica apreensivo se perguntando quem será a próxima vítima da bandidagem.

*[email protected]: http://roraimadefato.com/main/Os cinco grandes fatores socioemocionais

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