Falando de Negócios

FALANDO DE NEGOCIOS 15561

OS CONFLITOS ÉTICOS DAS 48 LEIS DO PODER XI

USE A HONESTIDADE E A GENEROSIDADE SELETIVAS PARA DESARMAR A SUA VÍTIMA

A honestidade e a sinceridade são comportamentos que desarmam os mais desconfiados, o mais previdente e aliado as atitudes nobres e altruístas gera uma imagem de positividade e confiança, que o coloca como uma pessoa bem avaliada pelo outro. Mas quando tudo isso é usado para a busca do poder a qualquer custo, todas essas atitudes perdem o valor e ganham o papel dentro de uma estratégia de “levar vantagem” em relação ao outro. Quando isso acontece, tudo volta a artificialidade e as conquistas se tornam pouco duradouras.

No nosso artigo da semana vamos tratar da história de homens altos, bem-vestidos, excelente oratória, mas que têm como lema o estilo “bandido bem intencionado” ou “cavalheiro impostor”, como foi o caso do Conde Victor Lustig que falava pelos quatro cantos: “Tudo perde a graça se não tenho um otário em perspectiva. A vida parece vazia e deprimente. Não consigo compreender os homens honestos. Vivem sem esperanças e cheios de tédio”, uma frase um tanto quanto temerária, mas muito interessante para análise.

Pessoas que se escondem atrás de uma aparente sinceridade e honestidade. Características muito difíceis de serem contrapostas num mundo, em especial nos tempos atuais, onde, “a melhor malandragem é ser honesto”

É uma atitude de alto risco, porém muito utilizada para a conquista de confiança e a construção de cenários favoráveis para grandes investidas e para botes finais.

Por isso, a décima segunda lei do poder de Robert Greene merece mais que uma análise, merece uma percepção diferenciada para pessoas que progridem sobre seus conceitos.

Lei nº 12 – Use a honestidade e a generosidade seletivas para desarmar a sua vítima: Um gesto sincero e honesto encobrirá dezenas de outros desonestos. Até as pessoas mais desconfiadas baixam a guarda diante de atitudes francas e generosas. Uma vez que sua honestidade seletiva as desarma, você pode enganá-las e manipulá-las à vontade. Um presente oportuno – um cavalo de Troia – será igualmente útil.

Quem diria que alguém ousaria a tentar enganar – e o pior conseguir – Al Capone, o mais temido gângster da sua época. Isso foi conseguido pelo Conde Victor Lustig em 1926, quando ousou propor ao gângster que o desses 50 mil dólares para duplicá-lo em sessenta dias. E mesmo com a cultura de desconfiar do mundo, Al Capone fez o aporte e dois meses depois recebeu do conde a notícia de que não havia conseguido atingir o objetivo. Porém ele apareceu com o valor integral e sugeriu devolver ao gângster, que surpreso com o ato o presenteou com 5 mil dólares, o valor exato pretendido pelo conde na sua ação de vigarista.