Fake newsEm uma dessas visitas que as escolas promovem à Redação do jornal, presenciei uma garotinha de não mais do que 7 anos de idade questionar a respeito de notícias falsas que circulam na internet. Foi uma surpresa diante de uma realidade cada vez mais frenética produzida pelo imediatismo das redes sociais e compartilhamento via WhatsApp, território de ninguém onde as pessoas não querem mais questionar sobre a veracidade dos fatos.Esse fenômeno de “notícias fakes (falsas)” não é novo e vem sendo usado há um certo tempo nas campanhas eleitorais em vários estados brasileiros, inclusive aqui, em Roraima, onde exército de fakes é contratado para disseminar falsas informações a fim de prejudicar adversários e beneficiar aqueles que pagam pelo serviço.Essa onda orquestrada de compartilhamento de notícias falsas está dentro da lógica do chefe da propaganda nazista Joseph Goebbels, que dizia: “Uma mentira repetida milhares de vezes vira uma verdade”. Com um volume grande informações sendo disparadas de forma veloz, as pessoas acabam tendo como verdade as mentiras disseminadas na internet.Foi assim que Donald Trump venceu as eleições nos Estados Unidos, utilizando o que ficou chamado de “fake news”, a disseminação de notícias falsas favoráveis a Trump, em uma campanha eleitoral na qual a mídia tradicional sentiu o impacto dessa nova força que desafia a imprensa.Para se ter uma ideia da força das notícias falsas ou maquiadas, começou a circular um vídeo em que aparece um feirante juntando água de um buraco no asfalto para molhar as verduras em sua banca. Mesmo que a placa do veículo que aparece na imagem seja do Estado do Piauí, o vídeo circulou como se fosse de uma feira de Roraima.Não se sabe onde isso pode descambar em um futuro bem próximo, afetando a sociedade a exemplo do que ocorreu nos Estados Unidos. A sociedade de uma forma geral tem um desafio muito grande para saber se livrar da descontextualização e distorção dos fatos para que erros e injustiças não sejam cometidos, tornando mentiras em verdade, fofocas em fatos, preconceito e racismo em situações aceitáveis e normais.A esperança é essa, da garotinha que veio a uma Redação do jornal já trazendo essa noção de que fatos estão sendo fraudados na internet. Quem sabe a escola possa ter um papel importante em discutir isso desde cedo, para que as crianças cresçam sabendo que é preciso pensar além da “matrix”. Caso contrário, estamos todos correndo grande perigo, incluindo aí a mídia tradicional sendo devorada pelas mentiras repetidas com agilidade e competência, como os nazistas idealizaram. *[email protected]: www.roraimadefato.com
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