Jessé Souza
Esperando pelo ceu 23 01 2015 535
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Esperando pelo céu Jessé Souza* Falta coragem política para se tomar a decisão de impedir estacionamento e tráfego de veículos na Avenida Jaime Brasil, o mais antigo e tradicional centro comercial de Boa Vista. Essa lamúria de que falta lugar para carros naquele local não tem sentido, até porque os próprios funcionários e donos de lojas é que ocupam boa parte das vagas. A Avenida Jaime Brasil já era para ter se transformada em um imenso calçadão para garantir a segurança e comodidade de pedestres/consumidores, com exceção de carga e descarga necessárias ao comércio. É assim nos grandes centros e já deveria ser assim por aqui. Local para estacionar não falta no Centro. Além dos estacionamentos privados que já existem nas proximidades daquele centro comercial, tem a “bola” da Praça do Centro Cívico, lugar amplo que pode ser utilizado para que donos de veículos estacionem seus carros e motos, sejam trabalhadores e empresários, sejam consumidores. Mas o que se vê em Roraima é a conversa mole de que não existe vaga na Jaime Brasil e que as pessoas vão embora quando não conseguem estacionar seus veículos. É como se cada loja tivesse que ter vaga e um tapete vermelho estendido para que o consumidor saísse de seu carro direto para a sessão de compras. Aquela avenida não comporta mais tráfego de veículos. A lógica da mobilidade urbana é que os carros não sejam mais prioridade, acima dos interesses de pedestres, cadeirantes e outras pessoas com dificuldade de se locomover. A máquina não pode mais vencer o ser humano. Se as autoridades municipais querem dar um exemplo de que estão preocupadas com o futuro da cidade, então que tomem as medidas necessárias para dar total prioridade aos pedestres na Avenida Jaime Brasil, cuidando dos estacionamentos no seu entorno e disponibilizando a “bola” do Centro para que concentre as vagas necessárias para veículos. No passado, havia uma passarela que ligava o Centro Cívico à Avenida Jaime Brasil, a partir do coreto. Mas, como estamos na “terra do já teve”, as autoridades deixaram a passarela se deteriorar, a ponto de ser demolida, em vez de restaurada e revitalizada. Porém, uma nova configuração de semáforos para pedestre já resolveria o problema a fim de garantir o tráfego de pedestres entre o Centro Cívico e a Jaime Brasil. Ou quem sabe até mesmo a construção de uma nova passarela poderia ser pensada. O fato é que não podemos mais esperar que os problemas surjam para poder agir. É necessário pensar seriamente na Boa Vista do futuro, para se antecipar aos problemas e tomar decisões que irão melhorar o bem-estar coletivo. Mas, da forma que a política partidária é feita, os políticos estão pensando apenas na próxima eleição. Então, vamos agir agora ou continuar de braços cruzados, esperando vaga em estacionamento cair do céu ou do inferno? *Jornalista [email protected]