Especialistas consideram do ponto de vista politico um desastre enviar pacientes com covid para Manaus 10359 Especialistas consideram do ponto de vista politico um desastre enviar pacientes com covid para Manaus 10359 Especialistas consideram do ponto de vista politico um desastre enviar pacientes com covid para Manaus 10359 Especialistas consideram do ponto de vista politico um desastre enviar pacientes com covid para Manaus 10359

Bom dia,

Hoje é segunda-feira (15.06). Além de enfrentar a pandemia da Covid-19, os brasileiros e as brasileiras estão sendo obrigados a assistir incrédulos uma discussão que de tão anacrônica e desnecessária, chega a ser ridícula. Trata-se dessa história de que as Forças Armadas seriam uma espécie de poder moderador que poderiam ser chamadas; por seu chefe supremo, o presidente da República, para dirimir conflitos entre os três poderes. Toda essa tola, mas urdida adredemente, está vindo à propósito de algumas decisões tomadas por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) -algumas que atropelam claramente a competência deles-, e que incomodam e irritam o presidente da República e alguns de seus principais auxiliares. Para fazer valer essa esdrúxula tese, estão sendo utilizados até mesmo poucas dezenas de militantes radicais para intimidar a Suprema corte.

Ora, faz algum sentido isso? O Brasil virou República Federativa (formado por estados, municípios, Distrito Federal e Territórios Federais) em 1899, sob um golpe militar comandado pelo enfermo marechal Deodoro de Mendonça; e por cópia dos Estados Unidos da América foi organizado com três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) independentes e harmônicos entre si. Dois desses poderes (Executivo e Legislativo), são constituídos através do voto popular -e deve ser renovado a cada quatro anos-; o terceiro (Judiciário) tem a cúpula (Supremo Tribunal Federal) de seus integrantes submetida também ao voto, pela via indireta, já que devem ser apreciados e aprovados pelo Senado Federal, embora não tenham mandatos com prazo determinado; o que é uma lástima.

Essa exigência de provimento dos integrantes dos poderes da República através do voto popular, pela via direta ou indireta, está compatível com a Constituição Federal que prescreve: Todo poder emana do povo, e em seu nome será exercido. Ora, para ser poder uma instituição precisa passar pelo crivo do povo; e ponto final. Os integrantes das Forças Armadas são servidores públicos do Estado, chegam a seus postos por concursos e merecimento, sem chancela popular; logo nunca serão poder, e muito menos moderador, que só existiu no Brasil, exercido pelo imperador que era o chefe de Estado, durante o Segundo Império. O resto é discurso idiota que toma tempo, num momento em que nossas preocupações deveriam estar voltadas unicamente ao combate da pandemia e à reconstrução da economia.

DESASTRE

O anúncio pelo governador do estado, Antônio Denárium (sem partido), de que até 27 pacientes graves acometidos pela Covid-19, e que precisam ser internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), seriam transferidas para Manaus em aviões do Exército, foi segundo observadores e especialistas, um desastre do ponto de vista político. “É triste ver um governador, que deveria anunciar medidas concretas para atender a população doente, transformado em arauto da desgraça”, disse um ex-parlamentar federal de Roraima. De fato, a repercussão da notícia foi a pior possível tanto pela imprensa séria, quanto pelas redes sociais. O anúncio foi recebido como uma declaração explícita de incapacidade para atendera população.

DÚVIDAS

Além da indignação geral, o anúncio de que pessoas em estado mais grave seriam levadas para em Manaus veio cercado de inúmeras dúvidas, entre as quais: Teriam esses enfermos direito de ser acompanhados por parentes? Quantos? Onde eles ficariam hospedados na capital amazonense? Se os pacientes vierem à óbito, serão enterrados naquelas covas feitas pela Prefeitura de Manaus, e que parecem destinadas a animais? Se, conseguirem vencer a crise, como e quando, esses pacientes retornarão para Boa Vista? Decididamente, são respostas que as famílias desses infelizes pacientes, vítimas do vírus, e da incompetência das autoridades locais estão sendo esperados.

ABORRECIDO 1

Apesar da elegância, do cuidado com as palavras, e da habilidade com que colocou os problemas que impedem a abertura do hospital de campanha do Exército, o coordenador da Operação Acolhida, general Barros, não conseguiu esconder sua contrariedade quanto a falta de providências, do Governo do Roraima e da Prefeitura de Boa Vista, que permitam a abertura daquela unidade hospitalar. À título de exemplo, o general Barros citou que em apenas 15 dias, o Hospital Sírio Libanês que está colaborando com o Exército, a pedido do Ministério da Saúde, para a abertura do hospital de campanha já providenciou cerca de 80% dos insumos necessários para o funcionamento dos primeiros 80 leitos da Área de Proteção e Cuidado (APC).

ABORRECIDO 2

As afirmações do general Barros foram feitas ontem de manhã, domingo (14.06), à jornalista Cida Lacerda, durante o programa Agenda da Semana, da Rádio Folha FM 100.3. O coordenador da Operação Acolhida enumerou o que falta ainda de profissionais, devidamente treinados, da área médica e paramédica para o funcionamento inicial (80 leitos) da APC, que seriam supridos ainda hoje (segunda-feira), ou até amanhã (terça-feira) pelo governo estadual e pela prefeitura municipal de Boa Vista. Demonstrando ceticismo, o coordenador da Operação Acolhida disse que é preciso que os profissionais sejam encaminhados fisicamente para a APC. “De nada adianta mandar listas, porque elas não são suficientes para fazer começar os trabalhos”, disse o general Barros.                      

    

           

parabolica
Parabólica

As poderosas antenas da coluna, trazem para o site aquelas conversas que esquentam os bastidores da política local. Informação, Denúncia e as notinhas apimentadas que só a coluna publica de segunda a sábado.

As poderosas antenas da coluna, trazem para o site aquelas conversas que esquentam os bastidores da política local. Informação, Denúncia e as notinhas apimentadas que só a coluna publica de segunda a sábado.

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.