AFONSO RODRIGUES

A procura da motivação

“Não procure nunca uma motivação fora de si mesmo, dos seus desejos. Tudo está dentro de você, nos seus sonhos”. (André Blanchard)

Todos nós já vivemos momentos que deveriam ser evitados, e o motivo não foi mais do que pura ingenuidade. E o pior é que isso acontece até com os que já têm mais de noventa anos de idade. Estou falando com tranquilidade porque isso já aconteceu comigo. E foi bem recentemente. Acordei sem dinheiro suficiente para comprar o pão para o café da manhã. Tirei a bermuda e vesti a calça. Saí com a cara amarrada, disposto a encerrar minha conta no Banco. É que dias anteriores meu cartão estava me irritando com falhas e fui ao Banco. A moça me atendeu um pouco fora dos procedimentos das relações humanas. E ela resolveu substituir meu cartão e me disse que o novo chegaria em trinta dias. Voltei pra casa com o bolso vazio. Um valor imenso de mais de um salário-mínimo ficou preso no Banco. Fiquei os dias irritado com o comportamento da garota do Banco. Por que ela não perguntou se eu tinha algum dinheiro para passar os trintas dias?

Muito chateado saí para ir ao Banco cancelar minha conta e retirar a fortuna depositada. Com a importância eu iria até outro Banco, abriria nova conta, depositaria a fortuna, e teria o dinheiro para o pão do dia seguinte. Entrei no Banco com a cara amarrada. E talvez por minha cara de mais de noventa, a moça que atendia fez sinal para eu furar a fila e ser atendido. E não era a mesma moça que me atendeu mal. A moça me atendeu com muita simpatia e em pouquíssimos minutos eu já estava ao Caixa e retirando dinheiro suficiente para comprar o pão e um pouco mais. Como aquela moça, no atendimento, me deixou feliz e voltei para casa me dizendo que nunca cancelaria minha conta no Banco. Pelo menos minha conta suficiente para comprar o pão estará garantida. Um excelente exemplo de como a simplicidade das Relações Humanas muda a vida das pessoas.

Numa reunião com a família, todos me prometeram garantir as despesas da casa até eu receber o novo cartão do Banco. Mas, com a garantia de que o pão ficaria por minha conta. Tá aqui, anotado na página de minha agenda. Estou seguro com a compra do pão para o café, tanto da manhã, como da tarde. Talvez ainda me reste um pouco de reais para me manter tranquilo até o Banco liberar minha conta que ultrapassa um salário-mínimo. Vou passar o dia hoje, com muita alegria e como já vesti a calça, logo mais irei vestir a camisa e dar uma caminhada pelas ruas de Boa Vista e agradecer por ter uma conta naquele Banco. Ser rico é ser feliz. E estou feliz por ser rico. Pense nisso.

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