A Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima) certificou a primeira propriedade que poderá voltar a exportar frutos após mais de uma década de restrição imposta pela mosca-da-carambola. Assim, a Chácara Aliança, no Município de Caracaraí, no Sul do Estado, já poderá vender sua produção de laranjas para fora.
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Anteriormente, uma instrução normativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) impedia completamente o Estado de enviar, para outros estados e países, 39 hospedeiros da praga (como carambola, manga e laranja). Entretanto, a pasta flexibilizou a norma após articulações políticas como a do deputado federal Gabriel Mota (Republicanos-RR).
Com área de aproximadamente 200 hectares, o equivalente a 200 campos de futebol, a propriedade de José Lopes Primo, de 75 anos, mantém uma plantação de 50 mil pés. Sem a restrição, o fazendeiro, que já enviava laranjas para a capital Boa Vista, passará a vender para Manaus, ampliando o próprio comércio para 40 toneladas por semana.
“Já contatei com clientes em Manaus e tou mandando a carga pra lá, a partir de segunda-feira (13). Vai dar pra tirar uns dois mil sacos por semana durante estes meses de outubro e novembro”, pontuou.
O presidente da Aderr, Marcelo Parisi, disse que a propriedade de J. Lopes foi declarada livre da mosca-da-carambola após cumprir exigências como a instalação de armadilhas contra a praga nas plantas e monitoramento durante 60 dias.
“Já temos alguns pedidos de certificação em propriedades de Rorainópolis que cumprem o prazo para poder serem liberadas, o que deve acontecer até novembro. O José Lopes foi o primeiro a solicitar a certificação e, como já tinha uma safra ocorrendo, ele já poderia colher”, destacou.
O deputado Gabriel Mota disse que o fim da restrição representa “uma vitória importante” para o agronegócio de Roraima.
“Agora, com responsabilidade e certificação, Roraima vai poder mostrar a força da sua fruticultura para o Brasil e o mundo”, destacou o deputado.