Cotidiano

Justiça revoga liminar que mandou retirar integrantes do MTST de área

Após a retirada das famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) de uma área localizada a dois quilômetros da RR-205, sentido Município de Alto Alegre, no Contorno Oeste (Anel Viário), a Justiça revogou a liminar de reitegração de posse.

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Após a retirada das famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) de uma área localizada a dois quilômetros da RR-205, sentido Município de Alto Alegre, no Contorno Oeste (Anel Viário), a Justiça revogou a liminar de reitegração de posse. Na quarta-feira, uma primeira liminar dava direito à reintegração para uma pessoa que alegava ser o dono do imóvel. Mas uma Decisão Interlocutória, expedida no dia 23, teve determinação imediata para supensão do cumprimento de reitegração de posse até nova avaliação judicial.
O coordenador estadual do MTST em Roraima, Luiz Cruz, afirmou que houve um equívoco da Justiça ao determinar a retirada das famílias. “Ontem [quarta-feira], quando foram fazer a reintegração de posse, eu questionei sobre a situação dos perímetros. Quando eu vi a documentação no processo deles, percebi que estavam usando perímetro de outra área”, relatou.
Cruz disse que tentou conversar com o comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e com o oficial de justiça para explicar que a área descrita era outra, e não a que o MST ocupava. “Era uma área ao lado da nossa. A que ocupamos é área estadual. Ontem mesmo o juiz interpelou e deu causa ganha para nós voltarmos para lá”, complementou.
A primeira determinação autorizava a derrubada dos barracos que ali estavam instalados. “Saímos de lá e ficamos na beira da estrada. O próprio juiz entendeu que a decisão estava errada e determinou a volta”, frisou. Por consequência da retirada, mais de duas mil pessoas, divididas em 400 famílias, perderam material de construção, objetos pessoais e mercadorias. “Nós só não perdemos a carne que tínhamos para alimentar o pessoal porque fizemos toda de uma vez para não estragar”, comentou.
Segundo o coordenador, hoje, diversas famílias atingidas farão Boletim de Ocorrência Policial para, posteriormente, exigir o ressarcimento dos bens perdidos. “Amanhã [hoje] várias famílias vão registrar BO para podermos entrar com representação judicial contra o Estado. Não tivemos sequer tempo para tirarmos as nossas coisas dos barracos”, frisou. Ele disse que o local é suficiente para comportar 500 das 2.500 famílias cadastradas no MTST. “Depois veremos outras áreas para ocupar”.
CASO – Desde o dia 8 deste mês, aproximadamente duas mil famílias levantaram acampamento em uma área próxima ao Anel Viário, sentido Alto Alegre. Na quarta-feira, pela manhã, oficiais de justiça, acompanhados de força policial, estiveram no local exigindo a retirada das famílias, por se tratar, supostamente, de uma área particular. Com a revogação da liminar, as famílias puderam voltar. (Y.G)

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