Pais e filhos

Pandemia intensificou medo em crianças, diz pediatra

Crianças devem ser incentivadas a entender quando sentem medo 

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Crianças estão apresentando medos mais ligados à realidade após a pandemia. Antes, os medos mais comuns eram de fantasmas, escuro e fantasias, hoje, estão ligados a perda de um ente querido, doenças e do coronavírus. 

O medo é algo natural e instintivo nos seres humanos que serve como defesa e proteção. Apesar de que sentir medo não é algo agradável, sem ele, as crianças ficariam ainda mais vulneráveis.

Para a pediatra Ana Carolina Brito, as crianças devem ser incentivadas desde muito cedo pelos adultos a identificar e dar nome aos seus sentimentos, como alegria, raiva, tristeza e também o medo.

“Quando ajudamos a criança a entender os sinais do que está sentindo e damos nome ao sentimento para que ela possa nos informar sua emoção,  a ajudamos a pedir ajuda quando necessário e dessa forma a encontrar uma maneira de gerenciar seus sentimentos” explica.

A médica explica que uma conexão afetiva que uma criança recebe de sua família é a base de um relacionamento sólido que contribui para que ela se torne no futuro um adulto emocionalmente estável.

“Demonstrar empatia com os filhos, ou seja, ter tempo e disponibilidade de olhar para suas reações e principalmente ouvir suas queixas e apresentar um gesto de apoio e afeto significa apoiar a criança e essa atitude fortalece os vínculos que ajudarão essa criança a superar as dificuldades que ela encontra, inclusive os medos” revela Ana Carolina.


Para a pediatra Ana Carolina Brito, as crianças devem ser incentivadas desde muito cedo pelos adultos a identificar e dar nome aos seus sentimentos (Foto: Divulgação)

Entendendo o medo

As crianças devem ser incentivadas a entender quando sentem medo e principalmente relatar esses medos aos adultos, para que possam ser entendidos e desmistificados.

“Quando uma criança não se sente segura para relatar seu sentimento de medo, se torna mais difícil resolver essa situação que pode crescer e agravar, alterando seu comportamento social, apetite, aprendizado na escola, entre outros prejuízos” relata a especialista.

Os medos excessivos são bastante comuns em crianças pequenas, mas costumam ser transitórios e apenas levemente prejudiciais e, assim, são considerados apropriados ao estágio de desenvolvimento.

“Desenvolver a empatia, valorizando as palavras e atitudes de uma criança com relação ao medo, ajuda a solução desse problema” finaliza a médica.
Confira os medos mais comuns de acordo com a faixa etária

De 0 a 6 meses: perda de apoio, quedas, barulhos intensos; 
De 7 a 12 meses: pessoas estranhas, separação dos pais; De dois a cinco anos: separação dos pais, barulhos estranhos, escuro, mudanças ambientais. Algumas crianças podem sentir medo de objetos grandes, máscaras e animais; 
De seis a oito anos: seres sobrenaturais, lesões corporais, escuro, trovoadas, ladrões; 
De nove a 12 anos: desempenho escolar, lesões corporais, aparência física, escuro, morte, futuro; 
De 13 a 18 anos: falha social, sexualidade

Por Raísa Carvalho

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