Cotidiano

Empresário relata ter sido vítima de tentativa de “golpe da facção”

Dicap disse ter registrado dez casos desse golpe só na semana passada, e que isso já ocorreu em outros estados do Brasil, como o Ceará

O dono de uma loja de açaí relatou ter sido vítima de uma tentativa de golpe por parte de um estelionatário, que seria membro de uma facção criminosa.

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O empresário disse ter recebido áudio e ligação de um suspeito que se disse chefe de uma facção no ramo de venda de drogas no bairro Pedra Pintada. “Ele falou que estava entrando em contato porque segundo ele, o dono do açaí estava denunciando os vendedores de drogas para polícia e que no sábado, a PM [Polícia Militar] apreendeu drogas dessa facção”, relatou.

O dono do açaí contou ainda que o suspeito ameaçou mandar dois comparsas para atacar fogo na loja, dizendo ainda o endereço do local. “Quando ele falou que estava próximo e para provar que tava falando a verdade que iria lá no açaí, eu fechei tudo e sai de lá”, disse.

Esse tipo de crime foi apelidado como “golpe da facção” pela Dicap (Divisão de Inteligência e Captura) da Sejuc (Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania). A Divisão disse ter registrado dez casos desse golpe só na semana passada, e que isso já ocorreu em outros estados do Brasil, como o Ceará.

Segundo a Dicap, estelionatários se passam por membros de facção para ameaçar e aplicar golpes, sobretudo, em comerciantes locais. “Os criminosos conseguem dados das vítimas, principalmente através de redes sociais e de posse de dados mandam áudios ou mensagens inicialmente se propondo a ajudar a resolver um problema que supostamente a vítima estaria causado ao tráfico local”, disse.

“O criminoso se propõe a ajudar convencendo os membros da facção que não façam nada com a vítima, mas para isso é necessário que a vítima pague uma quantia em dinheiro. Em alguns casos, os criminosos enviam fotos da própria vítima para ela mesmo com escritas de alguma facção que eles conseguem nas redes sociais”, completou.

A Dicap afirmou que a população pode colaborar com denúncias sigilosas pelo (95) 99139-9529 (WhatsApp) ou pelas redes sociais Instagram (@dicaprr) e Facebook (Dicap Dicap).