Economia

Volume de vendas no comércio deve reduzir neste natal, aponta economista

De acordo com a CNC, a expectativa é que a principal data comemorativa do varejo brasileiro, que tem representado 22% do total das vendas de dezembro nos últimos dez anos, registre uma redução em 2021

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Apesar da normalização do fluxo de consumidores, o volume de vendas no Natal deverá sofrer o segundo recuo consecutivo. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a expectativa é que a principal data comemorativa do varejo brasileiro, que tem representado 22% do total das vendas de dezembro nos últimos dez anos, registre uma redução em 2021.

Em Roraima, as vendas de Natal deste ano devem movimentar cerca de R$ 114 milhões, o maior valor já apresentado para a data comemorativa. Mas, segundo o economista e assessor econômico da Fecomércio/RR, Fábio Martinez, “apesar do valor ser recorde, ao descontar a inflação do período, o volume de vendas deve ser o mesmo apresentado em 2020. Ou seja, o consumidor vai gastar mais e comprar menos produtos este ano, por conta da inflação”.

O estudo aponta a situação econômica do País como o empecilho para a construção de um cenário mais otimista mesmo com o aumento de pessoas nas ruas. De acordo com monitoramento realizado pelo Google, ao fim da primeira semana de dezembro, a circulação de consumidores em estabelecimentos comerciais em todo o país superou a quantidade registrada no fim de fevereiro de 2020 (+1,9%), algo inédito desde o início da pandemia.

Diante do contexto, a CNC projeta que o ramo de hiper e supermercados será o destaque em movimentação financeira no período, representando 38,5% do volume total de vendas. Em seguida, devem aparecer estabelecimentos especializados na comercialização de roupas, calçados e acessórios (35,3%) e as lojas de artigos de uso pessoal e doméstico (13,2%).

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avalia que a expectativa se justifica pela relevância do comércio de alimentos no faturamento anual do varejo brasileiro. “Historicamente, é o principal responsável pela geração de receitas do segmento. O ramo do vestuário aparece em seguida por ser o mais impactado pela data, apresentando, crescimento nas vendas, na passagem de novembro para dezembro. ”

Ceia importada

O cenário econômico também está influenciando a origem e os valores da ceia. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, entre setembro e novembro de 2021, as importações brasileiras de produtos típicos natalinos cresceram 19% (US$ 436,1 milhões) em relação ao mesmo período de 2020 (US$ 367,2 milhões), alcançando patamar ligeiramente inferior (-1%) ao verificado durante os mesmos três meses em 2019 (US$ 439,6 milhões). A taxa média de câmbio (R$ 5,57) foi praticamente idêntica na comparação com o ano passado (R$ 5,58).

Presentes mais caros

Presentear também deve ficar mais caro. Artigos de maquiagem (+16,4%); aparelhos de TV, som e informática (+14,1%) e artigos de cama, mesa e banho (+13,7%) pressionam o preço médio do conjunto de produtos. Apenas os aparelhos telefônicos (-1,4%) estarão mais baratos do que no ano passado.

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