A Associação de Distribuidores Atacadistas do Estado de Roraima (Adarr) e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Boa Vista (CDL) ajuizaram um mandado de segurança coletivo na Justiça Federal, com pedido de liminar para determinar que a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) libere as mercadorias que estão em trânsito e para serem faturadas para Roraima.
Conforme o presidente da Adarr, Hélio Cavalcante, a medida foi necessária porque depois de quase 50 dias de greve dos servidores da Suframa, os empresários do setor já amargam um prejuízo de 40% com a impossibilidade de entrada das mercadorias no Estado.
Além disso, Cavalcante informou que os empresários já discutem a possibilidade de férias coletivas para os funcionários como forma de evitar uma demissão em massa com o prejuízo causado. “Se continuar por mais 20 ou 30 dias para frente, é possível que aconteça ainda demissões no setor”, afirmou.
O presidente da Adarr ressaltou que além do prejuízo para os empresários, o consumidor já começa a sentir a falta de determinados produtos, principalmente, os da higiene pessoal como papel higiênico, sabão, amaciantes.
Segundo ele, com a saída dos produtos mais baratos – que são os que mais vendem, agora o consumidor tem se deparado apenas com aquelas mercadorias que os preços são mais elevados.
“Um exemplo, é o caso do papel higiênico mais popular, que já está acabando e ficando apenas os da linha de dupla folha, que é duas ou três vezes mais caro. Se no mês de julho não houver um entendimento entre o Governo Federal e os grevistas, o prejuízo é certo para todos: empresários, consumidor e o próprio”, explicou.
Quanto à essa questão, o presidente da Comissão de Indústria e Comércio, Serviços e Turismo da Assembleia Legislativa (ALE), deputado Brito Bezerra (PP), informou que o Governo do Estado vai solicitar o ingresso na ação dos empresários como assistente uma vez que o prejuízo na arrecadação deverá ser da ormde dos R$ 4 milhões para o próximo mês.
Outra medida judicial, segundo ele, que deverá ser adotada partirá do Procon Assembleia que já está elaborando uma ação em defesa do consumidor, que já está sentindo no bolso os prejuízos da greve dos servidores da Suframa, que hoje estão há 48 dias parados.