O artista Anthony Jamaika Teixeira nasceu no Maranhão, mas mora em Roraima há mais de vinte anos. Há tanto tempo morando no norte do Brasil, as lendas mitos e imagens amazônicas do seu dia a dia se transformaram em sua maior inspiração para sua arte. O escultor mistura os traços indígenas com sua origem afro-descendente para criar peças únicas.
Atualmente aos 42 anos, o artista mora na Vila do Tepequém, onde expõe suas obras aos moradores do vilarejo. No momento está tentando montar um ateliê próprio com a venda de suas esculturas. A cada trabalho, a produção varia de duas horas a três dias. “A criatividade é algo que nasce com você, uma inspiração que vem da natureza, que vem de algo que te faça bem”, relata.
Segundo o artista plástico, suas habilidades com a arte começaram a partir dos cinco anos, quando a curiosidade sobre as cores e formas o instigaram. Com o tempo, ele se aprimorou, e as misturas com diversas tonalidades o transformaram em um artista. Ele explica que o cenário brasileiro sempre será uma fonte de inspiração.
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“Gosto de criar novos desafios, mas é a fauna e a flora brasileira que mais chama a atenção e mais me dá vontade de recriar, a natureza me encanta”, relatou.
Jamaika aborda uma arte contemporânea livre, com imagens que retratam o cotidiano indígena e a realidade dos povos. A inspiração vem da experiência, resultados da trajetória de vida, com a realidade indígena, envolvendo cultura, comportamento, crenças e cuidado com a natureza.
O escultor explica que suas obras possuem uma proposta de voltar para as origens amazônicas, convergindo para todos os tempos e trazer à tona a valorização desses povos. Entre os materiais que utiliza, estão as pedras, madeira, cimento e materiais alternativos. “Como sou um fã da natureza, gosto de utilizar instrumentos que não agridem o meio ambiente”, comentou.
