Cotidiano

Aumenta o número de homicídios entre adolescentes de 16 e 17 anos

Roraima ocupa o 20º lugar no Mapa da Violência, mas dados são alarmantes, levando em consideração a pequena população do Estado

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O crescente número de homicídios praticados contra adolescentes com idade entre 16 e 17 anos tem preocupado as autoridades do Estado. Os dados publicados pelo Mapa da Violência, que divulga estatísticas de todo o País, demonstra que Roraima ocupa a 20ª posição, à frente de estados como São Paulo e Santa Catarina, com maior quantitativo demográfico. Em proporções, pode-se afirmar que os números são alarmantes pelo fato de o Estado ter uma população menor.

No Rio Grande do Norte, Ceará e Roraima, as taxas mais que quadruplicam na década. São Paulo, Pernambuco e Rio de Janeiro tiveram redução. Os casos de homicídio entre os adolescentes estão relacionados com o tráfico de drogas, quando são usados como “mulas” para transportar os entorpecentes até o consumidor. Outro fator preocupante é que os adolescentes também são consumidores e, sob efeito de alucinógenos, envolvem-se em brigas, assaltos e roubos.

No País, a maioria das vítimas é do sexo masculino (93%), com quatro até sete anos de estudo (62,1%). Proporcionalmente, morreram quase três vezes mais negros do que brancos. Roraima registrou 34,8 casos por grupo de 100 mil adolescentes.

O principal instrumento utilizado nas agressões foi a arma de fogo, presente em 81,9% dos homicídios de adolescentes de 16 anos e em 84,1%, dos de 17 anos. Em seguida, estão instrumentos cortantes, como facas e estiletes, com 10%.

O conselheiro tutelar Augusto Valente destacou que a rede de proteção à crianças e ao adolescente se reuniu com representantes dos órgãos de Justiça para tratar do assunto. “Na semana passada, dia 25, nós estivemos com o juiz da Infância e Juventude em um evento realizado no Tribunal de Justiça, quando falamos desses casos de homicídio. Estavam presentes os três Conselhos Tutelares de Boa Vista, Polícia Militar e Delegacia-Geral da Polícia Civil. Definimos como preocupantes o alto índice de crimes e atos infracionais praticados por adolescentes”, frisou.

Augusto Valente também lembrou que os conselheiros estão em constante atividade nas escolas, com execução de palestras, nos centros socioeducativos e instituições que abrigam crianças e adolescentes. A medida visa inserir os jovens no contexto social sem que tenham necessidade de conviver em situação de insalubridade.

O Brasil ocupa o 3º lugar, em relação a 85 países, no ranking de mortes de adolescentes de 15 a 19 anos, perdendo apenas para México e El Salvador. São 54,9 mortes a cada 100 mil jovens. Os dados utilizados estão no Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde. (J.B)

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