Cotidiano

Justiça dá 24 horas para que indígenas liberem estradas em Uiramutã

Decisão estipula pena de multa de R$ 5 mil por dia, em caso de descumprimento; se não houver o desmontarem espontâneo, os locais podem ser desobstruídos compulsoriamente

Justiça dá 24 horas para que indígenas liberem estradas em Uiramutã Justiça dá 24 horas para que indígenas liberem estradas em Uiramutã Justiça dá 24 horas para que indígenas liberem estradas em Uiramutã Justiça dá 24 horas para que indígenas liberem estradas em Uiramutã

O juiz César Henrique Alves, da 5ª Vara Cível, determinou que o CIR (Conselho Indígena de Roraima) libere o trânsito nas RRs 319 e 171, em Uiramutã, no prazo de 24 horas.  A decisão proíbe novos bloqueios em vias públicas, sob pena de multa diária de R$ 5 mil. 

A primeira estrada é conhecida como “Transarrozeira”, próximo à ponte sobre o rio Viruaqui; a segunda fica na altura da ponte do Rio Urucuri, comunidade indígena São Mateus. 

Segundo moradores do município, o fechamento ocorre das 21h até às 6h, sob alegação de que a invasão de terras vem aumentando a entrada de bebida alcoólica nas comunidades indígenas, e que, diante disso decidiram instalar, por tempo indeterminado, o posto de vigilância indígena.  Há relatos de que cargas que envolvam alcoólicos são apreendidas na barreira. 


“Exército indígena” permanece uniformizado e munido de arcos e flechas (Foto: Reprodução)

A ação foi movida pela Sodiurr (Sociedade de Defesa dos Índios Unidos do Norte de Roraima).  Na ação, foi alegado que o CIR, com “interesses diversos”, tem se valido “da pandemia do COVID – 19, para controlar ilegalmente o acesso dos condutores a sede do município de Uiramutã – RR e o trânsito por vias terrestres próximas a este município [Uiramutã] e ao município de Normandia-RR”.

Após o prazo concedido, caso não haja desocupação voluntária do bloqueio, os locais podem ser desobstruídos compulsoriamente. 

Em uma carta aberta postada em suas redes sociais, o CIR informou que a medida foi adotada pela preocupação com os problemas causados pela entrada de bebidas alcoólicas na região.

A coordenação afirma ter adotado essa medida diante da ausência do poder público, e afirma que se sentiu na obrigação de proteger o território. 

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