Procura pela hidroxicloroquina aumentou em Roraima depois do medicamento ser apontado como cura para o coronavírus. No Brasil, esse remédio é usado por pessoas que têm lúpus. O medicamento está em falta nas prateleiras e no programa Farmácia Popular do Governo do Estado.
De acordo com a presidente da Associação de Portadores de Lúpus de Roraima, Ildelene Ferreira, pacientes com lúpus – doença crônica e autoimune – estão sofrendo com a falta do medicamento.
A eficácia do medicamento para os casos de Covid-19 ainda não é comprovada. O Ministério da Saúde (MS) autorizou o uso somente em casos extremos do novo coronavírus, mas não recomenda a automedicação.
“O governo federal também determinou que o remédio só seja vendido com apresentação de receita médica. Mesmo assim, está raro encontrar nos estabelecimentos. O medicamento é essencial no tratamento de lúpus, trazendo sérias complicações aos pacientes quando ocorre a falta”, disse Ildelene.
OUTRO LADO – A Secretaria de Saúde informou, por meio de nota, que vem trabalhando incansavelmente para regularizar o desabastecimento de hidroxicloroquina na farmácia da CGAF (Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica). O item já está contemplado pelo processo de aquisição n 020601.08890/19-65, o qual se encontra na CSL (Comissão Setorial de Licitação).
“Por ser um item do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica destinado a atender os usuários previamente cadastrados, de acordo com os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do MS (Ministério da Saúde) e Portaria no 1554 de 2013, o paciente precisa estar devidamente cadastrado junto a CGAF para ter direito a receber o medicamento”, diz trecho da nota.
Além de documentos pessoais como RG, CPF e Cartão do SUS, é exigido ainda a apresentação de laudo médico, pelo menos três receitas médicas, laudo de
autorização e termos de uso de medicamentos.
É importante salientar ainda que a Hidroxicloroquina encontra-se em falta no mercado por conta de sua utilização no tratamento de pacientes infectados com
Coronavírus (COVID-19).
Sobre a insulina Lantus (Glargina), a Sesau esclareceu que a mesma está contemplada no processo de aquisição, no 020601.000329/19-00, na terceira intenção de aquisição da Sesau, que está em fase de cotação. A CGAF estará informando a população tão logo o fornecimento desses medicamentos esteja regularizado.