Cotidiano

Fiscalização em barreiras é interrompida por falta de pagamento

AYAN ARIEL

Editoria de Cidades

As barreiras fitossanitárias da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (ADERR), que combatem a proliferação da Mosca da Carambola, não estão atuando na fiscalização dos veículos que passam pelas rodovias estaduais.

De acordo com o diretor de defesa vegetal da ADERR, Marcelo Parisi, isso se deve à falta de recursos para o pagamento das diárias dos policiais militares que acompanham a fiscalização.

“A nossa dificuldade de manter o serviço é que não temos recursos para pagar as diárias dos policias, tendo em vista que esse pagamento vinha sendo feito através de um convênio firmado com Ministério da Agricultura, mas que terminou em dezembro de 2019, quando fizemos a prestação de contas”, informou.

Ainda segundo Parisi, um novo convênio está sendo elaborado. “Nossa equipe técnica, juntamente com o Ministério, está trabalhando na formalização do convênio e a previsão é voltar a atuar no próximo mês com o convênio pronto”, explicou.

O diretor detalhou como é feita a divisão de pessoal que atua nas barreiras fitossanitárias. “Temos pessoas que são lotadas nos locais, e temos pessoas que fazem diárias em lugares que não temos lotação. No total, trabalhando com diárias são 27 pessoas, 18 são policiais militares e nove funcionários da Aderr, espalhados em seis postos. Nossos servidores estão indo para as barreiras, mas não estão fazendo a fiscalização, pois é necessário esse apoio da Polícia”, informou. 

A barreira fitossanitária é um mecanismo utilizado para impedir ou restringir a circulação de frutos hospedeiros da mosca para regiões livres, prevenindo riscos de contaminação e disseminação da praga ou para evitar que ela se prolifere.

Convênio está sendo formalizado, afirma MAPA

Sobre a interrupção da fiscalização das barreiras fitossanitárias da Aderr, a chefe de divisão da Superintendência Federal de Agricultura em Roraima, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA/MAPA), Regina Oliveira, anunciou que está sendo formalizado um convênio entre o órgão estadual e o ministério com o objetivo de custear o programa de barreira e os profissionais que atuam nesses pontos.

“Isso tudo está sendo formalizado e estruturado pelo MAPA junto à Aderr, para que esse processo seja o mais rápido possível e possamos regularizar essa situação das barreiras, tornando elas ainda mais funcionais em suas atividades normais”, afirmou Regina.

Segundo a chefa de divisão, assim que os recursos forem liberados, as atividades nas barreiras voltarão à ativa, com o convênio custeando todo o trabalho técnico da equipe.

“Esse convênio vem dar esse suporte e tratativas de apoio, principalmente para os produtores que estão naquela região mais próxima de onde estão essas barreiras”, concluiu.