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A Universidade Federal de Roraima (UFRR) atingiu, entre os anos de 2018 e 2019, o índice de 16% de evasão universitária. Essa porcentagem é superior ao registrado entre 2017 e 2018, que foi de 13%. Matemática é o curso com maior evasão
AYAN ARIEL
Editoria de Cidades
De acordo com dados divulgados pela Pró-Reitoria de Ensino e Graduação (Proeg) da Universidade Federal de Roraima (UFRR), a porcentagem de evasão universitária na instituição foi de 16% entre os anos de 2018 e 2019. A taxa é maior do que o registrado entre 2017 e 2018, onde foi atingida a marca de 13%.
Os cursos da UFRR que possuem o maior número de evasão universitária, considerando o período entre 2017 e 2019, são o Bacharelado e a Licenciatura em Matemática, respectivamente com 47,2% e 34,3% e Física, com a marca de 31,4%. Já os cursos com os menores números são Medicina, com 2,1% e Licenciatura Intercultural, com 2,9%
Em contrapartida, a taxa de sucesso, ou seja, a porcentagem de alunos formados também tem aumentado. Em 2018, a porcentagem de sucesso era de 32%, número esse que subiu para 35% em 2019.
Se considerar a média dos últimos três anos, os cursos de medicina, com 87,4%, Arquitetura e Urbanismo, com 71,4% e Licenciatura Intercultural, com 52,9%, foram os que apresentaram maior número de acadêmicos formados.
O diretor de assuntos pedagógicos da Proeg/UFRR, Vito Souza, explicou que, para se calcular a média de evasão da instituição é feita a comparação entre o número de alunos matriculados no período anterior e o número atual de acadêmicos, e ressaltou que, “por mais contraditório que pareça”, segundo disse o diretor, as taxas de evasão e de sucesso estão associadas.
“Em 2018, nós iniciamos uma série de procedimentos administrativos que têm como objetivo cuidar melhor da ocupação dessas vagas. Nós tínhamos um histórico, nos últimos anos, de estudantes que não estavam fazendo sua matrícula, e mesmo assim, ainda continuavam veiculados à instituição, ou não obtinham aprovação nos componentes curriculares, ou não tinham aprovação na maioria das disciplinas em que estavam matriculados. Isso causou um aumento na retenção dos acadêmicos”, relatou Souza.
Horários e ritmo do curso são justificativas apontadas
O diretor de assuntos pedagógicos da Proeg/UFRR, Vito Souza (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
Para evitar que haja altos índices de evasão universitária, a UFRR tem trabalhado com duas frentes: a primeira, segundo o diretor de assuntos pedagógicos da Proeg/UFRR, Vito Souza, é o cuidado da entidade na valorização e manutenção das vagas, dito anteriormente por Souza, e a segunda é conferir, junto aos aluno que estão ficando ou não conseguem se matricular, quais as razões que têm impossibilitando a permanência.
“Sobre essa segunda frente, temos buscado os alunos que estudam na Universidade, mas começam a dar indícios de que podem se evadir. Então, uma das medidas que tomamos é acompanhar aqueles acadêmicos que pedem trancamento de disciplina”, contou o diretor de assuntos pedagógicos.
Souza informou que, no último semestre, 35% dos solicitantes de trancamento justificaram o pedido relatando incompatibilidade de horários no curso com trabalho ou estágio e 25% dessas justificativas apontam a dificuldade de acompanhar o ritmo do curso como motivo do abandono do ensino superior.
“Essas têm sido as principais razões identificadas em alunos que estão demonstrando dificuldades e pedem trancamentos; e outra medida que temos tomado é, junto aos cursos com maior procura de alunos que trabalham, dentro das possibilidades das estruturas das unidades acadêmicas, concentrarmos essas ofertas em um único turno, para evitar o aumento da incompatibilidade de horários. Buscamos fazer esses levantamentos e solicitamos esses ajustes às unidades acadêmicas”, encerrou o diretor.