Polícia

Indicação de que presidente da Guiana vai perder eleição deixa clima tenso

Nesta quinta-feira, a ministra das Relações Exteriores ameaçou retirar observadores internacionais da sede onde se apura o pleito

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ÉLISSAN PAULA RODRIGUES

Especial para Folhabv

A indicação de que o partido do atual presidente da Guiana, Brigadeiro David Granger (APNU), segundo os extratos das urnas eleitorais, deve perder para o Partido Progressista dos Povos (PPP), do Dr. Irfaan Ali, está causando um clima de guerra civil no país vizinho com comércio e escolas fechadas, ameaças de bombas e conflitos com milícias.

 

Na Guiana as eleições para a Assembleia Nacional determinam a eleição presidencial, ou seja, o maior partido elege automaticamente o presidente. Como o PPP ficou com o maior número de cadeiras, o presidente seria Irfaan Ali, mas o atual governo se nega a aceitar o resultado do pleito. 

Nesta quinta-feira, 5, observadores internacionais, principalmente americanos e membros do Caricom (Comunidade do Caribe) foram ameaçados pela ministra das Relações Exteriores, Karen Cummings, a terem suas credenciais removidas. Uma ameaça de bomba foi convocada para o local da sede da eleição para obrigar a retirada dos observadores, mas como houve a negativa por parte de alguns, a polícia invadiu o prédio ameaçando prendê-los. 

A comissão eleitoral é controlada pelo partido do atual presidente e se recusa a concluir a contagem oficial dos votos restando 20% do total. Ontem, o diretor de eleições nomeado pelo governo, Keith Lowenfield, tentou descartar resultados certificados de 500 locais de votação e sofreu retaliação da comunidade internacional.

 A Folhabv apurou que o sistema de votação do país ainda é muito simplório, com cédulas de papel e lápis. Cada cédula dessa é assinada por oito pessoas diferentes que atestam a legalidade do voto, e cópias são entregues a fiscais dos partidos e observadores internacionais. Esses extratos de votação estariam sendo violados pela comissão eleitoral indicada pelo atual governo.

 O clima de instabilidade fez com que o shopping Giftland anunciasse hoje à tarde que está fechando as portas até que seja estabelecida a lei no país e incentivou, por meio de nota, que outros estabelecimentos façam o mesmo. “A menos que todas as práticas de eleições internacionalmente aceitas em relação aos procedimentos legais dos resultados dos eleitores sejam rigorosamente seguidos e aceitos pelos observadores internacionais, encerraremos o Giftland Mal e todos os serviços”. (E.P.)

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