Política

Presidente diz que categoria quer apenas tratamento com isonomia

Presidente diz que categoria quer apenas tratamento com isonomia Presidente diz que categoria quer apenas tratamento com isonomia Presidente diz que categoria quer apenas tratamento com isonomia Presidente diz que categoria quer apenas tratamento com isonomia

Com o fim do prazo máximo de espera, o governador Antonio Denarium (sem partido) decidiu pelo veto parcial ao projeto de lei que garante reajuste aos subsídios de delegados da Polícia Civil. Embora tenha ocorrido negativa a dois artigos do projeto, a informação é que as demais categorias ainda pedem por maior isonomia entre os profissionais.

Em entrevista ao programa Agenda da Semana na Rádio Folha 100.3 FM neste domingo, 12, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Roraima (Sindpol), Leandro Almeida, explica que o projeto consistia em um reajuste de quase 50% dos delegados da instituição e de que, sabendo disso, as demais categoria buscaram também ser contempladas com benefícios.

A informação dada por Almeida é que após uma série de tratativas, o governador teria então decidido pelo veto ao projeto de lei. “O governador tinha tomado uma decisão. No texto do veto parcial, inclusive, se dá a entender que Denarium iria vetar totalmente. Ele dá uma exposição de motivos citando que o projeto tem impacto orçamentário, não está previsto na Lei Orçamentária. Então, está todo fora. Mas, no final, resolveu vetar os dois artigos que tratam sobre o momento em que a lei ia entrar em vigor”, completa.

Em razão da aprovação do projeto, o sindicalista afirma que a categoria teve tratativas com o titular da Secretaria de Segurança Pública, Olivan Júnior, onde foi apresentada uma proposta para ser levada ao governador. 

“A proposta era de acabar com serviço extraordinário e transformar tudo em subsídio. A informação que ficamos sabendo é que houve um aceno positivo e parece que estava andando. Estávamos aguardando a resposta do governador na última assembleia-geral, mas depois ficamos sabendo que o governador foi desencorajado a atender aos demais. Não quero dizer que o governador ia assinar o projeto. A resposta que estou me referindo é de pelo menos ver o impacto financeiro, começar os estudos, mas ele foi desencorajado”, declarou.

Para Almeida, há uma atuação ocorrendo para atrapalhar as negociações de benefícios das outra nove categorias com o Governo do Estado. “Estão dizendo que está tudo resolvido e tudo tranquilo na Polícia Civil, mas não é isso que está acontecendo”, criticou. “Não há clima para discussão”, completou.

OUTRO LADO – A PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio da Delegacia Geral, lamenta a postura do presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Leandro Almeida, pela forma com que vem conduzindo as questões referentes à promoção dos policiais, com desrespeito, com palavras de agressão, com afrontas, com descaso com a direção e denegrindo e menosprezando a imagem da categoria de delegados. 

A Polícia Civil esclarece que todos os requisitos para a promoção dos policiais civis foram feitos pela gestão da Instituição e agora o Governo estuda como fazer para implementar o impacto financeiro, pois todos irão para a última classe, que é a especial final da carreira, onde o salário sairá de R$ 7.415,00 para R$9.464,00 +500 de auxílio alimentação + R$1.135, em média, para quem tira plantão, podendo o salário chegar a cerca de R$ 12.900 por mês. O valor implica no aumento salarial de aproximadamente 30%. Tudo isso impacto anual do orçamento de cerca de R$ 26 milhões na folha de pagamento da Polícia Civil. 

Quanto às remoções, a Polícia Civil esclarece que há uma decisão Judicial da Comarca de Pacaraima em uma Ação Civil Pública do Ministério Público determinando o aumento de efetivo na delegacia daquele município e de Amajari. Portanto, as mudanças foram necessárias para otimizar os trabalhos e cumprir a determinação judicial. 

A Polícia Civil esclarece que se torna inviável que o Sindicato dos Policiais Civis interfira na gestão da Polícia Civil, vez que precisa se ater às questões de interesses classistas, buscando benefícios para a classe e não da Gestão. Por outro lado, falta maturidade por parte do presidente do Sindicato para tratar de forma urbana das questões atinentes aos interesses da categoria, tanto que é notório os vídeos e áudios do Presidente do Sindicato incentivando o ódio, a discórdia, a desordem e a quebra de hierarquia, achando que está imune às leis. 

A gestão da Polícia Civil reafirma o compromisso com a Instituição, destaca que tem buscado trabalhar para melhorar as condições de trabalho do policial e que tem realizado, junto ao Governo, tratativas para assegurar a melhoria da estrutura de serviço e promoção dos policiais civis. Entretanto, são questões que necessitam de vontade política e articulações de forma serena, e não desrespeitosa, como vem sendo registrada.

Por oportuno, a Polícia Civil garante que a Delegacia Geral sempre esteve e está de portas abertas ao diálogo com o Sindicato, tanto que foi proposto o mesmo tratamento dado aos Delegados e o parcelamento das promoções, os quais não foram aceitos.

Sindicalista diz que Delegado-Geral perdeu gestão da Polícia Civil

O presidente do Sinpol efetuou ainda críticas à gestão da Polícia Civil e afirmou que o Delegado-Geral, Herbert Amorim, não teria mais condições de administrar a pasta adequadamente. Segundo Leandro, se o gestor convocar uma reunião com os profissionais, é difícil que eles compareçam.

Almeida afirmou ainda que o presidente da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol-RR), Cristiano Camapum, está correto e no seu direito de defender a classe. “Mas o delegado-geral não pode trabalhar única e exclusivamente pelo seu cargo. Esse projeto trouxe uma crise para dentro da instituição. O delegado está tentando convencer o governador de que a Polícia Civil está pacificada. A Polícia Civil está em clima de guerra. Estão fazendo chacota das outras categorias, utilizando as redes sociais para ‘tirar onda’ com os outros profissionais. Parece que não percebem a gravidade da situação”, declara.

O sindicalista denunciou ainda que aqueles que cobraram por mais isonomia entre os pares foram penalizados pelos gestores, com exonerações, transferência para cidades do interior do Estado e perseguição. “Em um único boletim foram formalizadas 26 transferências. E tem mais”, complementou. “O pessoal da equipe de operações da Polinter e da Delegacia-Geral de Homicídios foram transferidos, as unidades foram desmanteladas, tudo porque os colegas se posicionaram contrários à aprovação do projeto de lei”, afirma Almeida.

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.