
A investigação conduzida pelo Departamento de Inteligência da Secretaria de Estado da Segurança Pública e pela Polícia Civil de Roraima revelou que o homicídio que vitimou Deysinara Fernandes Gonçalves, de 35 anos, foi resultado de uma ação criminosa articulada, que envolveu dez pessoas, sendo seis homens e quatro mulheres, cada uma com função definida na execução e no apoio ao crime.
Segundo as investigações, a vítima não era o alvo principal do ataque. O grupo pretendia executar um homem identificado pelas iniciais D.G., apontado como liderança de uma facção criminosa. Ele é enteado da vítima, o que teria motivado a escolha do endereço. No entanto, durante a ação, os disparos acabaram atingindo Deysinara, que dormia na residência, e ela morreu no local.
Roubo de veículo e execução do crime
As apurações apontam que os seis homens envolvidos na execução roubaram um veículo pertencente a um motorista de aplicativo, que foi utilizado como meio de transporte até a residência onde ocorreu o ataque, no bairro Tancredo Neves, zona Oeste de Boa Vista.
Um dos envolvidos, apontado como o executor do homicídio, estava em saída temporária do sistema prisional no momento do crime. Ele foi o responsável por efetuar os disparos de arma de fogo contra a residência, atingindo Deysinara. O companheiro da vítima também foi baleado, socorrido e sobreviveu.
Casa de apoio e participação das mulheres
Após o ataque, os suspeitos se deslocaram para uma casa de apoio, onde tentaram se esconder. Conforme a investigação, as quatro mulheres presas participaram oferecendo abrigo e apoio logístico aos executores, com o objetivo de ocultá-los e dificultar a ação policial.
Ainda segundo a polícia, foi nesse imóvel que a arma utilizada no homicídio foi localizada, enterrada no quintal, após a indicação de um dos envolvidos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Todos os suspeitos foram identificados, localizados e presos em menos de 24 horas após o crime. Eles foram encaminhados às unidades policiais e permanecem à disposição da Justiça.