Compromisso do Sindigrãos é vender 80% do arroz produzido para comerciantes roraimenses e amazonenses (Foto: Rodrigo Sales)
Compromisso do Sindigrãos é vender 80% do arroz produzido para comerciantes roraimenses e amazonenses (Foto: Rodrigo Sales)

A safra brasileira de grãos, que inclui cereais, leguminosas e oleaginosas, deve atingir 335,7 milhões de toneladas em 2026, registrando um declínio de 3,0% em relação a 2025, equivalente a 10,2 milhões de toneladas a menos. A redução da produção está concentrada principalmente em culturas como milho, arroz, trigo, sorgo, algodão herbáceo e feijão.

O milho, por exemplo, deve apresentar queda de 6,8%, totalizando 141,6 milhões de toneladas (25,8 milhões na 1ª safra e 115,9 milhões na 2ª safra). Já a produção de soja é estimada em 166,0 milhões de toneladas, consolidando-se como a principal cultura do país. Entre outros produtos, destacam-se: arroz com 12,6 milhões de toneladas, trigo com 7,9 milhões, algodão com 9,9 milhões e sorgo com 5,4 milhões de toneladas.

Apesar da redução em algumas culturas, a produção total de grãos apresentou variação anual positiva em todas as regiões do país: Centro-Oeste (23,6%), Sul (10,3%), Sudeste (19,5%), Nordeste (7,7%) e Norte (21,9%). No caso da Região Norte, que inclui Roraima, a estimativa é de crescimento mensal de 0,4%, reforçando a expansão da agricultura na região.

Embora Roraima ainda represente uma pequena fração da produção nacional, o estado tem se destacado pelo aumento de áreas cultivadas, principalmente de soja, milho e feijão, contribuindo para o crescimento do Norte no cenário nacional. A participação regional na produção total do país é de 6,4%, com o Centro-Oeste liderando com 51,7%, seguido pelo Sul (25,0%), Sudeste (8,9%) e Nordeste (8,0%).

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Safra Nacional

No ranking dos maiores produtores, Mato Grosso lidera, com 32% da produção nacional, seguido por Paraná (13,5%), Goiás (11,2%), Rio Grande do Sul (9,4%), Mato Grosso do Sul (8,1%) e Minas Gerais (5,5%), que juntos representam quase 80% da safra nacional.

Especialistas destacam que, apesar do recuo em algumas culturas, a diversificação agrícola e o crescimento em estados do Norte, como Roraima, indicam uma tendência de expansão e consolidação da produção de grãos em novas fronteiras agrícolas, contribuindo para a segurança alimentar e o abastecimento interno e externo.