Eles existem porque existimos. já lhe falei do dia em que, numa conversinha caseira, com um delegado de polícia, meu vizinho. Isso foi em São Miguel Paulista, em São Paulo, ainda na década dos cinquentas. Quando lhe perguntei por que ele não dava atenção aos que denunciavam o golpe-do-vigário. A resposta foi bem clara:

– Afonso… não existiria vigaristas se não houvesse otários.

Realmente, o golpe-do-vigário era bem otário. Comparando as coisas me lembrei que não existiria corruptos se não houvesse alimentadores de corrupção. E os alimentadores estão entre os eleitores. Quando votamos em um candidato corrupto, estamos dando uma de corrupto ou otário. Que é o que fazemos em todas as eleições. Então vamos acordar e sermos mais expertos e votar em candidatos realmente preparados politicamente, para nos defender dos corruptos. E tudo de que necessitamos é de uma Educação com “E” maiúsculo.

O Problema é internacional. Só que os despreparados não percebem porque não entendem. Não entendem porque não são orientados. E a desorientação é a piroga furada que afoga os que não sabem nadar. E o mar revolto sempre será revolto enquanto não aprendermos a dominá-lo através da Educação. E esta não está no falar nem no acúmulo de conhecimentos. Foi também, pouco antes da década dos cinquentas que li essa pérola, na capa do meu caderno, na escola, quando eu ainda era criança: “A educação é como a plaina: aperfeiçoa a obra, mas não melhora a madeira”. E quando nos atentamos pra tal verdade lembramo-nos da pérola do Gibran Khalil Gibran: “Vossos filhos não são vossos filhos. São filhos e filhas da ânsia da vida por si mesma. Vêm através de vós, mas não de vós. Embora vivam convosco, não vos pertencem”. Quando entendemos isso não há como não nos aprimorarmos na forma da educar nossos filhos. E nunca os educaremos enquanto não respeitarmos a personalidade de cada um. E a personalidade indica nosso grau devolução na racionalidade.

Tudo se tornará simples se perdermos o mau hábito de complicar. Enquanto nos sentirmos incapazes saindo por aí à procura de orientações, não conseguiremos nos orientar nem orientar nossos filhos. E o mais indicado é nos educarmos para poder educar. E nunca nos esqueçamos de que a Educação começa no lar. Nossos filhos são nossa riqueza. Então vamos cuidar dela enquanto os filhos dependem da plaina para o nivelamento. Porque depois de adultos eles irão cuidar dos filhos deles. Pense nisso.

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