
Um vídeo mostra um agente de folga da Força Policial da Guiana (GPF) com um AK-47, capaz de atingir um alvo com até 400 metros de distância, proferindo ameaças, apontando o fuzil e até disparando indiscriminadamente diante de pessoas em via pública. O homem, identificado apenas como Henry, foi preso.
O caso aconteceu na rua de uma pequena vila chamada Port Kaituma, no noroeste do País da fronteira com o Brasil (assista ao vídeo ao final da reportagem). A região é conhecida como polo de mineração e por dar acesso ao assentamento palco do “Massacre do Templo do Povo”, em que 900 pessoas se envenenaram em 1978.
O militar, vestido com roupas casuais, segura o fuzil enquanto discute com outro indivíduo, inclusive com xingamentos. Em dado momento, ele ameaça atirar na pessoa com quem está discutindo enquanto caminha de um lado para o outro na rua. Durante a troca de palavras, dois tiros são ouvidos e várias pessoas tentam acalmá-lo e, por fim, o convencem a ir embora.
As imagens foram divulgadas pelo líder da oposição Azruddin Mohamed e viralizaram nas redes sociais guianenses. A publicação diz que o suspeito lotado na Divisão Policial Regional 1 estava bêbado e já respondia a acusação de cometer vários crimes que seriam supostamente acobertados pela corporação.
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Em nota, a GPF anunciou uma imediata “investigação minuciosa das circunstâncias do incidente”, garantiu que o assunto está sendo tratado com a “máxima seriedade” e prometeu fornecer mais detalhes na medida em que apuração avançar.
“O conteúdo do vídeo faz parte da investigação em curso, que determinará a extensão total das medidas disciplinares e criminais a serem tomadas”, destacou.