“A beleza é a sombra de Deus sobre o universo”. (Alexandre Dumas)
Semana passada eu estava numa comemoração. Uma garota muito bonita sentou-se do meu lado, colocou a mão sobre meu braço e deu início a uma espécie de desabafo. Ouvi o tempo todo. O tempo todo vi que ela nadava em piscina vazia. Parecia meio angustiada com coisas que não angustiam. A maioria de nós faz isso o tempo todo. Vivemosangustiados ou aborrecidos com coisas que deveriam nos servir de lição. Enquanto perdemos tempo com coisas que não valem nosso tempo estamos nadando em piscina vazia. Quanto mais tentamos nadar mais nos machucamos. As relações humanas não dizem apenas do relacionamento com pessoas próximas. Elas são o instrumento mais eficaz para nosso relacionamento, sobretudo com pessoas estranhas. Se partirmos da premissa que, como seres humanos não somos estranhos uns para com os outros, fica mais fácil. A diferença que nos diferencia, vem do nosso comportamento. E nesse particular nunca somos iguais. Estamos o tempo todo querendo e até exigindo, que as outras pessoas pensem e ajam como nós agimos e pensamos. E onde ficam nossas diferenças? Já imaginou o marasmo que seria o mundo se fôssemos todos iguais?
Por que se aborrecer com coisas que não levam a lugar nenhum? O maior problema que encontramos no atendimento, onde quer que sejamos atendidos, somos nós mesmos. Por mais vivido que você seja, há sempre aquela cisma quando você vai ser atendido. Você está sempre esperando que o atendente atenda mau. Estamos sempre armados para uma reação. E nem sempre somos capazes de entender os por quês dos nãos do atendente. Quando estamos conosco mesmos nos dizemos que nem todo não é negativo. Mas nunca nos lembramos disso quando o não vem da outra pessoa. Daí a dificuldade no relacionamento entre os humanos.
Nunca se aborreça quando alguém for indelicado com você. Se você treinar verá que isso é muito mais simples do que você imaginava. É só você se saber superior. Se você se sente superior ao atendente, mostre que o é, não se aborrecendo com a inferioridade dele no atendimento. Simples pra dedéu. A maioria das pessoas quando chega ao balcão já vem de cara amarrada. E nem sempre o atendente entende de relações humanas. A maioria das empresas também não. Faça isso, você mesmo ou mesma. Não permita que a falha dos outros tenha influência sobre você. Que é quando você deve se perguntar, logo que se aborreceu: Ele me aborreceu ou eu me aborreci com ele? Aí você vai descobrir que o tolo, ou tola, foi você. Porque é assim queamadurecemos para não nos entregar ao aborrecimento. Pense nisso.
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