Luzes enfeitadas são tradição de Natal (Foto: Reprodução)
Luzes enfeitadas são tradição de Natal (Foto: Reprodução)

A tradição das decorações natalinas que hoje ilumina casas e cidades ao redor do mundo tem raízes antigas, ligadas a rituais pagãos europeus que celebravam a vida durante o inverno. Galhos verdes e plantas perenes eram usados como símbolo de renovação, prática que mais tarde foi incorporada às festas cristãs.

A árvore de Natal, tal como conhecemos, ganhou forma na região da Alemanha entre os séculos XVI e XVII, quando famílias protestantes passaram a colocar coníferas dentro de casa e decorá-las com frutas, doces e pequenos enfeites, um hábito que só cresceu com o tempo. 

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Há registros de que velas começaram a ser usadas para iluminar os galhos como representação da luz de Cristo, até que, no final do século XIX, a eletricidade transformou essa tradição: em 1882, nos Estados Unidos, foi criada a primeira árvore iluminada com lâmpadas coloridas, marcando o início dos famosos pisca-pisca.

A partir do século XIX, a tradição se espalhou pelo mundo impulsionada pela família real britânica, que popularizou a imagem da árvore decorada, e pelos imigrantes alemães, que levaram o costume a diversos países, incluindo o Brasil.

Por aqui, embora o Natal já fosse celebrado desde o período colonial, a estética com árvores, guirlandas, bolas coloridas e luzes se consolidou mais tarde, especialmente em regiões de imigração europeia. Como não havia pinheiros típicos do inverno, as famílias brasileiras adotaram versões artificiais, muitas vezes enfeitadas com algodão para simular neve, numa adaptação tropical do símbolo europeu.

Com o tempo, os enfeites se industrializaram, o pisca-pisca se popularizou e a árvore natalina se tornou um dos principais ícones da data, independentemente do clima ou da região. Hoje, a tradição se mantém como parte do imaginário coletivo: um ritual que combina história, religiosidade, memória afetiva e estética e que continua a se reinventar a cada dezembro.