saude bucal, caries gengivite; FREepik
O levantamento revela dados preocupantes, indicando falhas na prevenção e na higiene. (Foto: Freepik)

A saúde bucal brasileira está em alerta. Segundo a pesquisa nacional SB Brasil conduzida pelo Ministério da Saúde, apenas 5,2% dos adultos na faixa etária entre 35 e 44 anos estão livres de cáries. O levantamento revela dados preocupantes, indicando falhas na prevenção e na higiene. Mais da metade dos entrevistados (54,13%) apresenta cálculo dentário (tártaro) e 41,53% sofre com sangramento gengival, sinal clássico da gengivite.

Para a cirurgiã-dentista, ortodontista e professora do curso de Odontologia da Estácio, Mariana Coutinho, os números refletem a combinação de fatores sociais, culturais e comportamentais.

A especialista explica que a cárie é uma doença multifatorial, ligada principalmente ao consumo excessivo de açúcar e à má higiene bucal. Quando negligenciada, a cárie pode atingir camadas profundas do dente e, em casos graves, entrar na corrente sanguínea, alcançando órgãos vitais como o cérebro e o coração.

Os tratamentos variam, dependendo da gravidade, desde aplicações de flúor até restaurações e tratamentos de canal. Outras doenças bucais em alta na pesquisa são:

  • Tártaro: Surge quando o biofilme (placa bacteriana) não é removido pela escovação e uso do fio dental. Só pode ser eliminado com raspagem profissional.
  • Gengivite: Inflamação da gengiva que, se não tratada, pode evoluir para doença periodontal, comprometendo os tecidos de sustentação e levando à perda dentária.

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Prevenção

A especialista Mariana Coutinho reforça que a prevenção é a melhor e mais econômica estratégia para reverter o quadro. As ações essenciais para manter a saúde bucal em dia incluem:

  • Escovação correta com creme dental fluoretado.
  • Uso diário do fio dental.
  • Alimentação equilibrada.
  • Visitas regulares ao dentista, no mínimo duas vezes por ano (ou a cada três meses, em casos de doença periodontal).

Informação, prevenção e acesso são os pilares para combater esse problema de saúde pública. Melhor do que tratar, é não deixar a doença se instalar”, conclui a especialista.