
O Supremo Tribunal Federal manteve nesta quarta-feira (26) a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que começou a cumprir pena pela condenação no processo que investigou a trama golpista. A decisão ocorreu durante audiências de custódia realizadas com os réus do núcleo 1, todas conduzidas por juízes auxiliares do ministro Alexandre de Moraes. Nenhuma das prisões foi revogada.
Além de Bolsonaro, seguem presos Anderson Torres, o almirante Almir Garnier, os generais Paulo Sérgio Nogueira, Augusto Heleno e Braga Netto. As sessões ocorreram por videoconferência, a partir de Brasília.
Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e 3 meses de prisão, em regime inicialmente fechado, na Superintendência da Polícia Federal. Ele foi condenado por organização criminosa armada, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça contra patrimônio da União, além da deterioração de bem tombado.
Na terça-feira (25), o STF declarou o trânsito em julgado da ação, encerrando qualquer possibilidade de recurso para Bolsonaro e para os demais condenados do núcleo principal da investigação. A Corte também determinou que o ex-presidente permaneça preso no mesmo local.
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Antes disso, Bolsonaro estava em prisão domiciliar por outro processo, no qual responde por coação contra a Justiça. Em 22 de novembro, Moraes ordenou a prisão preventiva após a Polícia Federal apontar risco de fuga. O relatório também registrou a violação da tornozeleira eletrônica, danificada com um ferro de solda. O ex-presidente disse ter agido por curiosidade.