Nunca seremos nada sem conhecermos a nós mesmos, no que somos. E podemos treinar isso nas relações humanas. Que exigem, mais do que conhecimento, racionalidade. O que continua sendo muito difícil no mundo revolucionário que vivemos. Em mil novecentos e sessenta e quatro, iniciávamos um trabalho escudado nas Relações Humanas no Trabalho e na Família. Eu trabalhava na empresa Coldex, e indicado para iniciar instruções nos operários, para o uso das Relações Humanas no Trabalho e na Família. Uma tarefa árdua, mas enriquecedora, no profissionalismo. E fui indicado, por uma sugestão do funcionário do CESI que iniciava o trabalho sobre relações, na indústria paulista. Quem trabalhou com as Relações Humanas, no Sesi, naqueles anos sabe como foi importante. Inclusive sobre as dificuldades que tivemos para reuniões com os operários da Coldex. E foi por isso que assumi o Controle de Qualidade na empresa. E o problema era que os operários estavam confundindo relações humanas com relações sexuais. E coube a mim a responsabilidade de os esclarecer. Foi legal pra dedéu.
Atualmente ainda temos muita dificuldade em fazer muita gente, saber o valor das Relações Humanas. As coisas mais simples na atividade é estarmos realmente preparados para exercer a prática, mesmo fora do trabalho e do lar. E depois de tantos nos, ainda assisto a reações negativas no relacionamento com as relações humanas no dia a dia. Mas isso não deve nos aborrecer, mas preocupar, no sentido de exercitar a ação de maneira que saibamos usá-la. Nunca deixe de elogiar alguém mesmo desconhecido, mas de maneiro elegante e sincera. E às vezes até preparado para a reação negativo do elogiado. Mais ou menos em 2004, eu morava na Sé, em São Paulo, na Rua Conde de Sarzedas. Eu fazia as compras em um supermercado bem próximo. Certo dia estávamos no caixa, fazendo o pagamento das compras. A moça do caixa não me conhecia e falou alguma coisa sobre o troco. E eu falei:
– Não, querida, no se preocupe, tá tudo bem.
Ela me deu o troco, faltando uns poucos centavos. Encostou-se no balcão e falou baixinho:
– Só que eu não sou sua querida.
Olhei, e ela estava falando sério. Sorri e respondi sem maldade:
– Claro que não, se fosse seria educada.
Ela sorriu e eu saí sorrindo. Não sei qual foi a reação dela a meu comportamento, mas meu objetivo foi adverti-la a ser mais preparada para os elogios dentro das relações humanas, no trabalho, ou onde estivermos. Pense nisso.
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