Foto Valter Campanato Agência Brasil (Foto: Divulgação)
Foto Valter Campanato Agência Brasil (Foto: Divulgação)

A juíza auxiliar Luciana Yuki Fugishita Sorrentino homologou, na tarde deste domingo (23), o cumprimento do mandado de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na decisão, a magistrada afirmou não haver “qualquer abuso ou irregularidade por parte dos policiais” responsáveis pela detenção, realizada no sábado (22).

Durante a audiência de custódia, Bolsonaro confirmou que mexeu na tornozeleira eletrônica que utiliza por determinação judicial. Ele afirmou ter passado por “certa paranoia” entre sexta e sábado, atribuída à interação inadequada de medicamentos receitados por médicos distintos. O ex-presidente negou intenção de fuga e disse que não houve rompimento da cinta do equipamento.

Bolsonaro também comentou a vigília convocada por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), afirmando que o local do ato fica a cerca de 700 metros de sua residência, o que, segundo ele, impediria a criação de tumulto que pudesse facilitar uma hipotética tentativa de fuga.

De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), o prazo para que a defesa do ex-presidente se manifeste sobre a suposta violação da tornozeleira eletrônica termina neste domingo, às 16h30.

STF analisará prisão preventiva

A decisão que levou Bolsonaro à prisão preventiva será analisada nesta segunda-feira (24). O ministro Flávio Dino convocou uma sessão virtual extraordinária da Primeira Turma do STF para referendar ou não a medida.

Visita de Michelle Bolsonaro é autorizada

Também neste domingo, o ministro Alexandre de Moraes autorizou a visita da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ao marido, na Superintendência Regional da Polícia Federal, em Brasília, entre 15h e 17h.

A defesa de Bolsonaro pediu que os filhos também fossem autorizados a visitá-lo, mas o pedido foi negado por falta de especificação. Moraes determinou que a defesa complemente a solicitação indicando quais filhos desejam realizar a visita.