
Muito presente na mesa roraimense, o maxixe ainda passa despercebido em outras regiões do país, apesar de ser um dos legumes mais nutritivos e versáteis da agricultura brasileira. Pesquisas apontam que o alimento reúne uma combinação de benefícios que tem despertado o interesse de nutricionistas, especialmente por seu potencial de contribuir para a imunidade, a digestão e o equilíbrio da microbiota intestinal.
Rico em vitamina C, o maxixe atua como um reforço natural na proteção do organismo, auxiliando na prevenção de gripes, resfriados e na formação de colágeno, essencial para a saúde da pele e das articulações. A presença de fibras também ganha destaque, já que ajuda a melhorar o funcionamento do intestino e contribui para a sensação de saciedade, o que favorece quem busca manter uma alimentação equilibrada. Estudos apontam ainda que o consumo regular de legumes ricos em fibras, como o maxixe, favorece o crescimento de bactérias benéficas no intestino, fortalecendo o microbioma e ampliando a resposta imunológica.
Outro ponto importante é que o maxixe é um alimento de baixa caloria, acessível e fácil de incluir na rotina alimentar. Ele combina nutrientes essenciais como potássio, magnésio e pequenas quantidades de vitaminas do complexo B, o que o torna uma opção interessante para quem procura refeições leves, nutritivas e econômicas. Não por acaso, vem sendo cada vez mais reconhecido como um “superlegume”.
Na cozinha, o maxixe é extremamente versátil. Pode ser consumido em refogados simples, saladas mornas, ensopados, farofas e até no tradicional maxixado, prato querido no Nordeste. Quando cozido por pouco tempo, mantém a textura firme e o sabor levemente ácido. Também funciona bem em conserva, sopas leves e até batido em vitaminas salgadas, uma opção pouco conhecida, mas comum em algumas regiões rurais. Para quem gosta de experimentar, vale tentar maxixe assado com ervas, maxixe com frango desfiado ou até maxixe salteado com alho e cebola.
Outra vantagem é que o maxixe pode ser facilmente cultivado em casa, mesmo em quintais pequenos. A planta se adapta bem ao clima quente, precisa de solo leve e bem drenado e se desenvolve melhor com boa incidência de sol. O crescimento costuma ser rápido: em cerca de dois a três meses, já é possível colher os primeiros frutos. Manter regas regulares e oferecer algum suporte para as ramas se espalharem ajuda a garantir uma colheita farta e contínua, tornando o cultivo caseiro uma alternativa prática e sustentável.