Quando o assunto é Amazônia, o açaí costuma ser o protagonista. Mas a floresta é um verdadeiro pomar natural, repleto de sabores e nutrientes ainda pouco explorados fora da região. Entre eles, duas frutas ganham destaque pela riqueza nutricional, pelo potencial econômico e pelo sabor marcante: taperebá e bacaba. Embora menos famosos, eles carregam benefícios que chamam atenção de pesquisadores e da gastronomia.
O taperebá, também conhecido como cajá-manga em algumas regiões, é uma fruta amarela, extremamente aromática e dona de uma acidez equilibrada que rende sucos intensos e sobremesas refrescantes.
Sua composição nutricional é rica em vitamina C, fibras e compostos antioxidantes, que ajudam a fortalecer o sistema imunológico, contribuem para a saúde da pele e colaboram na proteção das células contra danos causados pelos radicais livres. Estudos sobre frutas amazônicas mostram que o taperebá também concentra carotenoides, pigmentos naturais associados à saúde da visão e à redução de processos inflamatórios.
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A bacaba, por sua vez, é uma fruta que surpreende tanto pelo sabor quanto pelo valor energético. Seu suco espesso e roxo escuro lembra o do açaí, mas com uma identidade própria. A polpa é rica em gorduras boas, especialmente ácidos graxos monoinsaturados, que ajudam a manter níveis adequados de colesterol e contribuem para a saúde cardiovascular. Além disso, a bacaba é fonte de fibras e antioxidantes naturais, como antocianinas, pigmentos associados à proteção do coração, ao combate ao estresse oxidativo e à melhora da resposta inflamatória do organismo.
Tanto o taperebá quanto a bacaba vêm despertando interesse crescente de nutricionistas e pesquisadores por representarem combinações poderosas de sabor e nutrição. E esse movimento impacta também o mercado regional: à medida que consumidores buscam alimentos mais naturais e sustentáveis, cresce o potencial dessas frutas. O taperebá e a bacaba também se destacam pela versatilidade na cozinha. O taperebá rende sucos aromáticos, caldas para sobremesas, picolés, geleias e até molhos cítricos que combinam com peixes. Já a bacaba costuma ser consumida como bebida, batida com água ou leite, mas também pode entrar em vitaminas cremosas, sorvetes artesanais e até mingaus mais encorpados.
Embora o açaí siga sendo o carro-chefe da região para o restante do país, explorar o taperebá e a bacaba é uma forma de conhecer melhor a biodiversidade amazônica e ampliar o repertório de alimentos saudáveis presentes no prato dos brasileiros. Para quem gosta de descobrir novos sabores, essas frutas são uma porta de entrada perfeita para a imensidão de possibilidades que a floresta oferece.
