Sintomas começam como um resfriado comum (Foto Raisa Carvalho FolhaBV)
Sintomas começam como um resfriado comum (Foto Raisa Carvalho FolhaBV)

Pediatras têm registrado, nas últimas semanas, um aumento nos atendimentos de crianças com eritema infeccioso, também conhecido como quinta doença, uma infecção viral comum na infância. Apesar de geralmente leve, o quadro exige atenção para evitar confusões com outras doenças exantemáticas e para orientar corretamente famílias e escolas.

Sintomas começam como um resfriado comum

Nos primeiros dias, o eritema infeccioso costuma se manifestar com sintomas inespecíficos, semelhantes aos de um resfriado: febre baixa, coriza, dor de cabeça e mal-estar. A característica mais marcante, porém, aparece logo depois: uma mancha avermelhada intensa nas bochechas, dando à criança a aparência de ter levado um “tapa no rosto”.

Em seguida, surgem manchas rosadas e avermelhadas pelo corpo, que podem formar desenhos semelhantes a rendas na pele. O exantema tende a se intensificar após exposição ao sol, calor ou atividade física.

Causada por vírus e com transmissão antes das manchas

O eritema infeccioso é causado pelo parvovírus B19 e se transmite principalmente por gotículas respiratórias. A fase de maior contágio ocorre antes do aparecimento das manchas, o que faz com que muitas famílias só percebam que a criança estava doente quando ela já não oferece risco de transmitir o vírus.

“Quando o exantema surge, a criança geralmente já está bem clinicamente e não transmite mais a doença”, explica pediatras. Por isso, em muitos casos, não há necessidade de afastamento escolar após a confirmação do diagnóstico.

Tratamento é simples e focado no alívio dos sintomas

Por se tratar de uma infecção viral, o tratamento é sintomático, com orientação de hidratação, repouso e antitérmicos quando necessário. O uso de antibióticos não é indicado.

Em crianças saudáveis, o eritema infeccioso costuma ter evolução benigna. Entretanto, médicos alertam que pessoas com anemia grave, imunossupressão ou gestantes expostas ao vírus devem receber acompanhamento especial.

Quando procurar atendimento médico

Embora a doença costume ser leve, é importante buscar avaliação se a criança apresentar:

Febre persistente por mais de três dias

Falta de ar, palidez acentuada ou cansaço extremo

Lesões de pele que não seguem o padrão característico

Sinais de desidratação

Escolas e creches recebem orientações

Com o aumento dos casos, escolas e unidades de educação infantil têm recebido orientações para reforçar medidas de prevenção, como lavagem das mãos, higienização de ambientes e cuidados com ventilação.

Profissionais de saúde reforçam que o cenário não é motivo de alarme, mas de atenção. “É uma doença comum, que aparece em surtos e tende a desaparecer espontaneamente. A informação correta ajuda a evitar preocupação desnecessária”, destaca a equipe pediátrica.