Causando quase R$20 milhões em prejuízo ao crime ambiental e transfronteiriço, a Operação Curaretinga, realizada na última semana na fronteira entre Roraima e Guiana, resultou na prisão de 25 pessoas e na apreensão de equipamentos usados no garimpo ilegal, extração irregular de madeira, tráfico de drogas e descaminho.
A força-tarefa, que reuniu os Exércitos do Brasil e da Guiana, mobilizou cerca de 550 militares da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, responsável pela coordenação da operação nas áreas mais críticas do Sul de Roraima incluindo Pacaraima, Uiramutã, Normandia e Bonfim.
Segundo os dados divulgados, o prejuízo estimado causado pela ação integrada alcançou R$19.948.000,00, considerando apreensão, inutilização de equipamentos, multas aplicadas e lucros cessantes.
Ao todo, nove balsas usadas no garimpo ilegal na Terra Indígena Raposa Serra do Sol foram apreendidas, além da destruição de 12 acampamentos ligados à mesma atividade. A ação também resultou na apreensão de 78 metros de madeira ilegal, um caminhão, dois tratores, duas motosserras e uma espingarda calibre 16.
Por se tratar de uma operação espelhada entre os Exércitos do Brasil e da Guiana, a vigilância ampliada dificultou a movimentação de suspeitos que costumam usar a fronteira para escapar de ações policiais. Além disso, o compartilhamento de informações entre os dois países reforçou a segurança regional.
Ação Social
Além das ações repressivas, as equipes também desenvolveram atividades cívico-sociais nas comunidades indígenas Maturuca, Contão e Anauá. Foram realizados 287 atendimentos médicos e 368 odontológicos, além da distribuição de 3.327 kits de medicamentos e higiene bucal.
Operação Curaretinga
A Operação Curaretinga foi conduzida pela 1ª Brigada de Infantaria de Selva, em estreita cooperação com a Força de Defesa da Guiana (GDF), além do apoio da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, IBAMA, FUNAI e Polícia Civil de Roraima.
