conteudo de folhabv.com.br
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O Brasil encerrou 2023 com 11,3 milhões de unidades locais de empresas e organizações, um aumento de 6,1% em relação ao ano anterior. Embora a região Sudeste concentre mais da metade desses estabelecimentos, a região Norte, mesmo com a menor participação, mostra crescimento e importância crescente no cenário nacional.

Antes de avançar, vale explicar: unidades locais são os estabelecimentos onde as empresas de fato funcionam. Cada endereço em que há operação – como loja, fábrica, agência, escritório, filial ou ponto de atendimento – conta como uma unidade local.

Assim, uma única empresa pode ter várias unidades locais espalhadas pelo país, independentemente de onde seu CNPJ principal esteja registrado.

Norte tem menor participação, mas apresenta avanços e salários médios maiores que o Nordeste.

Com 529,9 mil unidades locais, o Norte aparece atrás das demais regiões, mas reúne setores estratégicos como mineração, energia, logística fluvial e agroindústria. A região concentra 5,8% do pessoal ocupado, 6,2% dos trabalhadores assalariados e 5,6% da massa salarial do país.

Mesmo com a menor estrutura produtiva entre as regiões, o salário médio no Norte (2,6 salários mínimos) supera o registrado no Nordeste (2,2), refletindo atividades de maior remuneração presentes na região.


Sudeste segue líder absoluto; Sul e Nordeste vêm na sequência
O Sudeste concentra a maior parte das unidades locais: 5,8 milhões, equivalentes a 51,4% do total nacional. A região também lidera em pessoal ocupado (32,5 milhões), trabalhadores assalariados (25,5 milhões) e massa salarial (R$ 1,3 trilhão).
Em seguida aparecem:
Sul – 2,2 milhões de unidades locais (19,7%), com 17,9% do pessoal ocupado.

Nordeste – 1,8 milhão de unidades.

Centro-Oeste – 972,2 mil unidades.

Diferenças salariais mostram desigualdade regional
Os maiores salários médios estão no Centro-Oeste e no Sudeste, ambos com 3,1 salários mínimos. O Sul registra 2,8, seguido pelo Norte (2,6) e pelo Nordeste (2,2).
Entre os estados, o Distrito Federal apresenta o maior salário médio mensal (4,5 salários mínimos), seguido por São Paulo (3,3) e Rio de Janeiro (3,2). No outro extremo, Alagoas (2,0) e Ceará (2,1) têm as menores remunerações.
Norte segue estratégico e tende a ganhar peso
Embora tenha a menor participação entre as regiões nas três variáveis — unidades locais, pessoal ocupado e massa salarial —, o Norte exerce papel fundamental em áreas como energia, recursos naturais e integração logística entre estados e fronteiras internacionais.
O crescimento no número de unidades locais e salários médios superiores aos do Nordeste apontam para uma região em transformação, cujo peso econômico pode aumentar com investimentos em infraestrutura, inovação e diversificação produtiva.

Informações são divulgadas pelo IBGE