
A Procuradoria de Justiça Militar em Boa Vista entrou com um recurso contra a decisão do juiz da Auditoria Militar de Manaus, que permitiu que o tenente do Exército, suspeito de matar Flavio Luiz e Daivid Lucas Serrão Sousa respondesse o processo em liberdade e mantendo atividades internas. O recurso pede que o tenente volte para a prisão imediatamente, enquanto o mérito não é julgado.
Esta não é a primeira vez que o Ministério Público Militar (MPM) pede a prisão preventiva do militar. Segundo o pedido, apenas o Superior Tribunal Militar (STM) pode revisar essa prisão, pois foi o próprio órgão que decretou a prisão preventiva do réu, decisão que depois foi mantida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) quando a defesa tentou um habeas corpus.
O tenente é acusado de cometer homicídio qualificado de Flavio Luiz e Daivid Lucas, ocultação de cadáver, destruição de provas e ameaça a testemunhas, enquadrados na Lei de Crimes Hediondos.

Recurso do Ministério Público Militar
O MPM alega que a soltura do réu pode permitir a fuga, destruição de provas e ameaçar testemunhas, citando como exemplo o apagamento de dados digitais e um histórico de intimidação.
Além da volta para a prisão preventiva, o MPM pede que ele não seja autorizado a trabalhar internamente e que seja rejeitado o pedido de juntar os antecedentes das vítimas ao processo.