A diferença salarial entre trabalhadores com e sem ensino superior segue ampla no país. Em 2023, o rendimento médio das pessoas com nível superior foi de R$ 7.489,16, quase três vezes maior que o dos assalariados sem diploma universitário, que receberam, em média, R$ 2.587,52.
Os dados mostram estabilidade em relação a 2022, quando esses valores representavam 34,4% e 34,6% da proporção entre os dois grupos. No total, 76,4% dos assalariados não tinham nível superior em 2023, enquanto 23,6% possuíam formação universitária — percentuais muito próximos aos do ano anterior (76,6% e 23,4%, respectivamente).
Ao se converter os rendimentos para salários mínimos, a diferença também é marcante: quem não tinha nível superior recebeu, em média, o equivalente a 2,0 salários mínimos, enquanto os trabalhadores com ensino superior alcançaram 5,7 salários mínimos. Em 2022, esses valores eram de 2,0 e 5,9 salários mínimos, respectivamente.
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As áreas com maior concentração de profissionais com nível superior foram Educação (65,5%) e Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (59,9%). Já entre os trabalhadores sem nível superior, a maior parte atuava no Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (22,2%), nas Indústrias de transformação (17,6%) e em Atividades administrativas e serviços complementares (12,7%).
Os números reforçam que a escolaridade continua sendo um dos principais determinantes da renda no mercado de trabalho brasileiro, mantendo uma diferença expressiva entre os níveis de formação.
