“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima…” (Apocálipse 21:4)
A Esclerose Múltipla/EM é uma enfermidade crônica, inflamatória e autoimune. A doença autoimune ataca nosso próprio corpo quando deveria defendê-lo. Sendo assim, a Esclerose Múltipla é desencadeada pelo sistema autoimune, o qual agride o Sistema Nervoso Central/SNC, através do sistema imunológico que destrói a bainha de mielina, a qual é uma camada de gordura que protege os neurônios como se fossem as cascas protegendo as frutas. Sem essa proteção os nervos ficam vulneráveis. Como se pode perceber essa doença ataca seu próprio organismo.
Neurônios são as células do sistema nervoso constituída de corpo celular, núcleo, citoplasma, dendritos (prolongamentos ramificados de um neurônio) e axônio (prolongamento único e longo do neurônio, responsável por transmitir impulsos elétricos para longe do corpo celular). Por tal fato, essa bainha de mielina é importantíssima e fundamental para ampliar a velocidade e a eficácia da transmissão dos impulsos elétricos pelo sistema nervoso para o corpo humano todo.
A bainha de mielina funciona como uma capa de proteção dos nervos do cérebro e da medula espinhal. Com a mielina prejudicada ou destruída, os impulsos nervosos são retardados ou bloqueados, levando à disfunção neurológica.
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Sem essa bainha, o cérebro e todo o corpo humano ficam desligados, desencadeando inúmeros sinais e sintomas como, por exemplo, perda do equilíbrio, cansaço, distúrbios visuais, entorpecimento e, entre outros, limitação da mobilidade, os impulsos nervosos, vão ficando lentos e bloqueados, ocasionando disfunção do sistema nervoso do corpo humano. Ocorre também formigamento, dormência, sensações de queimação, visão turva, fraqueza, rigidez, dificuldade de coordenação, tremores incessantes, perda do equilíbrio e da marcha, problemas cognitivos, como: dificuldade de memorizar, perda da concentração, fadiga crônica, dores neuropáticas e problemas de controle da bexiga e do intestino.
A evolução dessa doença varia de pessoa para pessoa, mas apesar de não ter cura, o tratamento no início dessa enfermidade pode melhorar bastante a qualidade de vida do paciente e ela é mais comuns em mulheres, geralmente diagnosticadas entre os 20 e 40 anos.
Portanto, a EM trata-se de uma doença neurológica, devido a perda crônica da bainha de mielina, a qual é provocada por mecanismos inflamatórios do próprio organismo contra ele mesmo. Como a causa é desconhecida só se sabe, que ela é autoimune.
Marlene de Andrade
Médica formada pela UFF-1976
Título de Especialista em Medicina do Trabalho/ANAMT
Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED
Curso em psiquiatria/Hospital Naval da Marinha-Brasília
Especialização em Educação e Saúde Pública/UNAERP
Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI-IEL
Perita em Tráfego/ABRAMET
CRM-RR 339 RQE 341