
O sono do bebê é um dos temas que mais geram dúvidas e ansiedade em mães de primeira viagem. As perguntas vão desde quantas horas o recém-nascido deve dormir até se é seguro compartilhar a cama com o filho. Pesquisas recentes publicadas pela BioMed Central Pediatrics ajudam a esclarecer alguns desses pontos, mostrando que o equilíbrio entre atenção materna, ambiente tranquilo e segurança pode fazer toda a diferença nas primeiras fases da vida.
Segundo o estudo, rotinas consistentes, como horários fixos e rituais de sono com banho morno, luz suave e sons relaxantes, ajudam o bebê a reconhecer o momento de descansar. Essa previsibilidade reduz os despertares noturnos e contribui para um sono mais profundo, o que também reflete positivamente no bem-estar da mãe.
A pesquisa destaca que a responsividade, ou seja, a atenção imediata aos sinais do bebê, como fome ou desconforto, é essencial para fortalecer o vínculo afetivo e promover um padrão de sono mais estável ao longo dos meses.
Outro ponto importante abordado pelos cientistas é o co-sleeping, prática em que pais e filhos compartilham o mesmo ambiente de sono. O estudo reforça que o co-sleeping pode ser seguro desde que o bebê durma em superfície firme, livre de travesseiros e cobertores soltos, e sempre de barriga para cima.
Dormir muito próximo ou na mesma cama, porém, aumenta o risco de acidentes, especialmente nos primeiros meses. Por isso, a recomendação é manter o berço ao lado da cama dos pais, uma forma de proximidade segura que facilita o cuidado durante a madrugada.
A amamentação também foi associada a padrões de sono mais regulares. O leite materno contém substâncias que ajudam a sincronizar o ritmo circadiano do bebê, o que facilita a transição entre os ciclos de vigília e descanso. Além disso, o contato pele a pele durante as mamadas noturnas reduz o estresse e aumenta a produção de ocitocina, hormônio que fortalece o vínculo entre mãe e filho.
Para muitas mães, especialmente as de primeira viagem, lidar com o sono do bebê pode parecer um desafio sem fim. No entanto, os especialistas lembram que a adaptação leva tempo e que cada criança tem seu próprio ritmo. Mais do que seguir fórmulas rígidas, o importante é construir uma rotina segura e acolhedora, com apoio emocional e compreensão, ingredientes que fazem toda a diferença nas noites e nos dias de quem está aprendendo a cuidar de um novo ser.