
A 11ª Mostra de Educação Especial e Educação Bilíngue de Surdos da Prefeitura de Boa Vista iniciou a programação destacando práticas pedagógicas que fortalecem o protagonismo e a autonomia de alunos com deficiência. O evento, organizado pela Secretaria Municipal de Educação, reúne experiências de escolas urbanas, rurais e indígenas, com apresentações que seguem até 12 de novembro.
Ao todo, cerca de 100 trabalhos serão exibidos ao longo da programação, com foco em inclusão, acessibilidade, autonomia e convivência. A mostra também evidencia a formação contínua dos profissionais que atuam na Educação Especial da rede.
Projeto usa hiperfoco para personalizar aprendizagem


Entre os destaques está o projeto “Personalizar”, desenvolvido na Escola Municipal Jael da Silva Barradas. A iniciativa utiliza os hiperfocos e interesses individuais de estudantes – especialmente aqueles com Transtorno do Espectro Autista (TEA) – para criar atividades personalizadas, como jogos, dramatizações e produção de livros.
Segundo as professoras responsáveis pela iniciativa, o método baseado na neurociência educacional tem contribuído para avanços na alfabetização, engajamento e socialização dos alunos.
Transformação na prática
O estudante Pedro Henrique, de 8 anos, que tem autismo, é um dos exemplos do impacto do projeto. Ele desenvolveu o livro “O Mundo dos Dinossauros” a partir do interesse pelo tema e apresentou evolução em leitura, interação e organização de ideias. A mãe dele relata melhora expressiva também no ambiente familiar.
Atendimento especializado em expansão
Boa Vista atende atualmente 3 mil alunos público-alvo da Educação Especial, sendo 2.405 com diagnóstico de TEA. A rede conta com 84 escolas com Salas de Recursos Multifuncionais, além de unidades especializadas como o Centro Municipal Integrado de Educação Especial (CMIEE) e o Centro de Transtorno do Espectro Autista (CETEA), que oferecem apoio multiprofissional e suporte às famílias.