
O presidente estadunidense Donald Trump disse duvidar de uma guerra contra Venezuela, evitou confirmar ações militares terrestres contra o narcotráfico no País, mas declarou que o ditador Nicolás Maduro está com os dias contados.
Em entrevista exibida no domingo (2) durante o programa 60 Minutes, da emissora norte-americana CBS, o republicano acusou Caracas de “tratar muito mal os Estados Unidos” e “enviar criminosos” para o território americano.
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Segundo Trump, a ditadura venezuelana “esvaziou prisões e manicômios” e enviou centenas de milhares de pessoas ao País por causa da “fraca política migratória de Joe Biden”, seu antecessor.
“Venezuela deixou entrar assassinos, traficantes e criminosos. Cada barco que interceptamos no Caribe representa 25 mil americanos mortos pelas drogas que vêm de lá”, afirmou.
Sobre se os dias de Maduro no poder estavam contados, Trump respondeu de forma direta: “Eu diria que sim. Acho que sim”. Ele evitou confirmar possíveis ataques terrestres, mas não descartou ações militares.
“Eu não digo se é verdade ou não, mas não vou contar a uma repórter o que farei com a Venezuela, se eu fosse fazer ou não”, declarou.
O presidente ainda classificou a Venezuela como um dos países “mais problemáticos do mundo” e atacou a facção Tren de Aragua, que ele chamou de “a gangue mais violenta e perigosa do planeta”.
“Eles cortam as mãos das pessoas por denunciarem à polícia. São animais, e vieram da Venezuela”, disse.
As declarações reacendem a retórica de confronto com o regime chavista, em meio ao aumento das tensões militares no Caribe e a recentes acusações do Governo Maduro de que Washington estaria preparando uma operação de invasão.