Infraestrutura e sustentabilidade impulsionam o crescimento de Roraima, destaca professor da Estácio

O crescimento acelerado de Boa Vista tem colocado a engenharia civil no centro das transformações urbanas e estruturais de Roraima. Essa é a avaliação do professor Emerson Amorim, do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Estácio da Amazônia, ao comentar o atual cenário da construção civil no estado, no mês em que se comemora a Engenharia Civil. 

“O momento é positivo e desafiador ao mesmo tempo. Boa Vista tem crescido rápido, e isso gera uma grande demanda por infraestrutura, habitação e obras públicas. Mas junto com o crescimento vem o desafio do planejamento urbano e da sustentabilidade. E é aí que a engenharia tem papel essencial”, afirma.

Com o avanço da tecnologia, o perfil do engenheiro também mudou. Segundo o professor, ferramentas digitais como Cypedac (software de cálculo estrutural) e modelagem BIM (Building Information Modeling) revolucionaram a forma de projetar e executar obras. “Hoje usamos softwares avançados que permitem simular o comportamento real das estruturas antes mesmo da obra começar. Isso reduz erros e custos. O engenheiro moderno precisa dominar tecnologia, mas sem perder o raciocínio técnico, porque ela é uma aliada, não um substituto”, destaca.

Entre as áreas mais promissoras, Emerson aponta as estruturas metálicas, a sustentabilidade, a eficiência energética e a construção industrializada. “O mercado busca profissionais capazes de unir técnica, inovação e consciência ambiental”, reforça.

No ambiente acadêmico, o professor observa um perfil de aluno cada vez mais curioso e conectado, mas alerta para a importância da constância nos estudos. “A engenharia é uma ciência de detalhes, exige cálculo e raciocínio. O bom engenheiro é aquele que estuda com paciência e não tem medo de errar e aprender”, explica.

Para aproximar o ensino da prática profissional, a Estácio tem investido em aulas dinâmicas, simulações e projetos reais. “Buscamos mostrar o impacto do que se aprende em sala. A teoria é uma ferramenta para resolver problemas reais”, comenta o professor.

Apesar das transformações no mercado, Emerson acredita que a engenharia civil continua sendo uma carreira sólida e essencial. “A sociedade muda, mas sempre vai precisar de quem planeje, construa e garanta a segurança das obras. O segredo é estar atualizado e ser ético”, afirma.

Ao falar sobre o papel da engenharia no desenvolvimento regional, ele é categórico: “A engenharia é o alicerce do desenvolvimento. Nenhum avanço acontece sem infraestrutura [estradas, escolas, pontes, energia, saneamento]. Quando investimos em engenharia e educação juntos, criamos um crescimento sustentável e duradouro”.

Para os que estão iniciando a carreira, o cenário é animador. “Há muito espaço em Roraima. O estado ainda está em fase de expansão, então há oportunidades em obras públicas, infraestrutura, energia e habitação. Quem se prepara bem encontra lugar”, conclui.