
Com um mercado aquecido, devido à crescente busca por procedimentos estéticos, a harmonização orofacial tem se consolidado cada vez mais como uma área de atuação interessante para muitos dentistas. Sendo o Brasil o segundo país que mais faz procedimentos estéticos no mundo, muitos profissionais têm migrado para o mercado da beleza.
O que é harmonização orofacial e como funciona?
A harmonização orofacial, ou HOF, consiste em procedimentos que visam trazer harmonia estética entre as linhas do rosto do paciente e seu sorriso. Nela, o dentista analisa pontos como a arcada dentária e as demais estruturas do rosto do paciente, como nariz e bochecha, e com base nisso, deve ser capaz de propor mudanças estéticas visando um determinado resultado.
Na prática, o profissional pode tratar flacidez e rugas, através da aplicação de ácidos, reduzindo aspectos como pele envelhecida; suavizar ou evidenciar contornos de bochecha, nariz, queixo e sobrancelhas; remover excesso de pele, por meio de técnicas como lifting facial; entre outras técnicas pouco ou nada invasivas.
Quais técnicas são aplicadas na harmonização orofacial?
Desde 2019, os cirurgiões-dentistas são autorizados pelo Conselho Federal de Odontologia a realizar procedimentos como aplicação de toxina botulínica, o botox, e ácido hialurónico. Somente em 2024 mais de 500 mil destes procedimentos foram realizados, segundo relatório da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética.
Contudo, a harmonização não se limita a aplicação de ácidos, mas também consiste em:
- uso de ultrassom microfocado;
- bichectomia (remoção das bolas de Bichat, gordura presente internamente na boca, na área da bochecha, para afinamento do rosto);
- aplicação de fios de sustentação;
- microagulhamento;
- entre outros processos.
Sendo assim, o profissional pode trabalhar sobre os tecidos e a musculatura da face. Porém o CFO estabelece que algumas técnicas não podem ser empregadas por cirurgiões-dentistas, ainda que possuam especialização.
Entre elas, a blefaroplastia, que consiste em remover o excesso de pálpebras, devendo ser feita por um médico oftalmologista, e a rinoplastia, cirurgia com fins estéticos ou de correção de problemas respiratórios que só pode ser feita por um cirurgião plástico ou otorrinolaringologista.
A harmonização orofacial é segura?
A harmonização orofacial é segura para pacientes, desde que feita por pessoas capacitadas. E, devido a demanda, cada vez mais cirurgiões-dentistas têm buscado se especializar na área. O CFO estabeleceu como condições para especialização a carga horária mínima de 500 horas, sendo 400 delas na área de concentração.
Crescimento da demanda e de oportunidades para dentistas
O ano de 2024 fechou com mais de 4.000 profissionais habilitados e registrados no CFO, número quatro vezes maior do que o registrado em 2021. O registro no Conselho é a garantia de que aquele profissional seguirá as melhores práticas e normas de segurança. O aumento no número de profissionais também democratiza o acesso e os preços.
Assim, o profissional que faz uma faculdade de Odontologia pode buscar especialização em harmonização orofacial como uma maneira de complementar sua formação, diversificar seu escopo de serviços e também aumentar sua clientela. Desta forma, estará apto a atender uma demanda crescente de um mercado extremamente promissor.